Nada em troca

Nada em troca

Com dedicação, amor e muito esforço, ONGs de Ribeirão Preto promovem trabalho importante em prol de cães e gatos em vulnerabilidade

Dedicar tempo, amor, carinho e esforço, além de conscientizar as pessoas sobre os cuidados que cães e gatos em situação de risco necessitam. Esse é o foco de algumas Organizações Não Governamentais (ONGs) de Ribeirão Preto. Um trabalho de formiguinha perto da real situação que o município se encontra quando o assunto é a falta de atenção com esses bichinhos por conta da vulnerabilidade social de seus tutores ou, então, pelo abandono que sofrem. Márcia Aparecida Ballaminut Cavalieri, uma das fundadoras do Projeto Patas Unidas, Pollyana Mendonça de Souza Oliveira, vice-presidente da Associação Res-Gatinhos, e Sônia Locci Fernandes, presidente da Centro de Adoção Só Gatinhos, junto com diversos outros voluntários, promovem diversas ações em prol desses animais e, também, lutam pelos direitos deles, que não podem se defender. Aqui, você conhecerá um pouco do trabalho de cada uma delas. 

PATAS UNIDAS 

O Patas Unidas se propõe a conscientizar indivíduos sobre a importância de cuidados com os animais, como vacinas, visitas veterinárias, passeios rotineiros e, especialmente, a castração. “O projeto promove ações sociais com intuito de angariar recursos para custear, quando necessário, castrações em animais em posse de pessoas sem renda, como pessoas em situação de rua e animais de comunidades. Também oferecemos informações a quem nos procura e atuamos na divulgação e no processo de adoção, quando necessário. Enfim, tentamos auxiliar de modo que cada pessoa possa se tornar um protetor de animais”, diz a fundadora Márcia Aparecida Ballaminut Cavalieri. 

Além disso, a ONG dá suporte para o projeto Animais sem Teto, coordenado pela protetora Leilane Prado. “Essa protetora tem resgatado os animais da acumuladora do Jardim Califórnia. O projeto Patas Unidas tem auxiliado com ações sociais em conjunto com o projeto para angariar recursos e cobrir despesas veterinárias e de hospedagem desses animais”, comenta Márcia.

A protetora explica que a maioria dos bichinhos resgatados são encontrados por voluntários que os procuram. Normalmente, esses animais chegam em condições traumáticas, desnutridos e com doenças. Também é comum encontrar animais contagiados com a Cinomose, devido à falta de vacinação. A iniciativa sobrevive de doações, que podem ser feitas em forma de ração, medicamentos, utensílios ou dinheiro.  “Damos preferência para a doação monetária pois, desta forma, podemos adquirir a ração, medicamentos e vacinas com um pouco mais de qualidade para que a saúde dos animais resgatados seja preservada. Essas doações são repassadas para o projeto Animais sem Teto e para outras duas protetoras da cidade, Naná e Helena. Também temos uma pequena reserva para ajudar no custeio de castração de animais de pessoas que nos procuram sem condição de pagar por elas”, conclui a protetora. Para conhecer mais sobre o Patas Unidas, acesse o Instagram @patasunidasrp. O projeto conta com diversos animais à procura de um lar.

ASSOCIAÇÃO RES-GATINHOS

O trabalho da Associação Res-Gatinhos não é diferente do que é executado pelo projeto Patas Unidas. A associação atua na promoção do bem-estar animal, por meio de cuidados no abrigo, como alimentação, carinho e, também, oferecendo assistência veterinária – castração, vermifugação, vacinação, testagem de FIV E FELV e microchipagem. “Tudo isso através de voluntários e da assistência de pessoas que queiram ajudar a acolher e encaminhar para adoção gatos mansos em estado de rua, sendo uma ponte entre gatinhos abandonados e seus próximos lares cheios de amor.  Temos a missão de ser referência no auxílio ao trabalho de proteção felina em Ribeirão Preto, seguindo os valores de bem-estar animal, ética, compromisso, assistência e responsabilidade social”, explica Pollyana Mendonça de Souza Oliveira, vice-presidente da associação. 

Segundo a protetora, a Res-Gatinhos conta com a ajuda financeira proveniente da venda de itens personalizados, da colaboração de doadores mensais, dos apoios de madrinhas e padrinhos, que são responsáveis por custear os gastos veterinários de algum gatinho específico, e da taxa de adoção, que é simbólica, considerada uma pequena parte no total dos recursos. “Há, também, alguns projetos e programas de empresas que doam recursos para nós”, completa Pollyana. Atualmente, a associação cuida de 91 gatinhos. “Nós trabalhamos somente com gatinhos mansos, pois não temos pessoal especializado para manejar felinos ariscos”, enfatiza. 

Para ajudar nos cuidados dos gatinhos resgatados, a associação recebe doações que podem ser feitas por meio de links que aceitam cartões de crédito e débito, para doações mensais e avulsas. “A doação pode ser feita via pix ou transferência, como também doação de rações, produtos, areias ou itens básicos. Inclusive, temos a Campanha do Calendário 2022, com fotos de gatinhos adotados. Doando R$ 20 você recebe um”, afirma a protetora. Hoje, a Res-Gatinhos conta com 54 gatos prontos para adoção. Alguns deles ficam em exposição permanente nas lojas Petz do RibeirãoShopping e da avenida Independência. Há, ainda, feiras de adoção em frente à Cobasi do Shopping Iguatemi todo segundo sábado do mês. Além disso, é possível encontrar gatinhos no Feed do Instagram @ongresgatinhos.

CENTRO DE ADOÇÃO SÓ GATINHOS

O Centro de Adoção Só Gatinhos cuida de gatos abandonados e resgatados. A presidente explica que praticamente todo trabalho que a organização realiza vem do voluntariado. Os gatinhos são resgatados das ruas, muitas vezes debilitados, e levados à associação. Após serem acolhidos, são tratados por veterinários que se solidarizam pela causa e se voluntariam. Depois que são socializados e recuperados fisicamente, são colocados para adoção em feiras e eventos, além de ficarem disponíveis na sede da Só Gatinhos. Atualmente, 200 bichinhos estão sob os cuidados da ONG.

Segundo Sônia Locci Fernandes, a organização sobrevive por meio da venda de vacinas, vermífugos, castrações, consultas médicas e dos produtos de brechó, juntamente com as campanhas promovidas por algumas empresas. “As pessoas nos ajudam com remédios, areia, ração e, também, com doações de roupas, sapatos e utensílios que vendemos em nosso brechó físico e virtual”, explica a presidente da associação. 

Quem quiser pode ajudar sendo voluntario ou doando, tanto os itens já mencionados, quanto valores em dinheiro pelo PIX”, finaliza. Informações sobre adoção estão disponíveis no @sogatinhosrp. 


Fotos: Divulgação

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