Câmara discute lei que proíbe indicação de comissionados condenados pela justiça
Câmara discute lei que proíbe indicação de comissionados condenados pela justiça

Câmara discute lei que proíbe indicação de comissionados condenados pela justiça

Lei engloba condenações na esfera criminal e eleitoral

A Câmara Municipal de Ribeirão Preto leva à pauta da sessão desta quinta-feira, 4, projeto que impede pessoas que tenham precedentes na justiça, ou que tenham sido condenadas, de serem indicadas a cargos de comissão, como a Lei da Ficha Limpa.

A proposta, do vereador Isaac Antunes (PR), que é presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Casa (CCJ), se enquadra na lei similar de nível federal, mas Antunes alega de sua necessidade para assegurar a transparência e credibilidade das pessoas que ocupam cargos em comissão tanto na Câmara quanto na Prefeitura, e que é uma medida para se evitar “novas Sevandijas”.

Entre os crimes enquadrados para que seja proibida a nomeação de alguma pessoa estão: condenação por abuso de poder econômico e político em um período de oito anos anteriores a nomeação, contra o patrimônio público, privado, sistema financeiro, meio ambiente, saúde pública, crimes eleitorais, abuso de autoridade, tráfico de drogas, abusos sexuais e participação em organizações criminosas.

Além disso, o projeto visa impedir a contratação de pessoas que tenham sido exoneradas do serviço público, servidores aposentados de maneira compulsória ou que tenham perdido o registro de profissional num período de oito anos.

Na CPI do Daerp

Na reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investiga fraudes em contratos do Daerp, o ex-diretor técnico da autarquia Ivo Colichio Júnior disse que o município tem “décadas de segurança” na captação de águas subterrâneas. A resposta veio após ser questionado sobre a necessidade de o município iniciar estudos de captação de água superficial.

Colichio foi convocado para depor sobre supostas irregularidades em contratos entre o Daerp e a Aegea Engenharia, que tiveram desdobramentos na Operação Sevandija. Ele, que saiu do Daerp em 2013, quando se aposentou e foi substituído por Luiz Mantilla, disse que a operação foi um “peso pessoal”, pois não imaginava a proporção dos esquemas. 


Foto: Silvia Moraes/Câmara

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