Câmara exige instauração de inquérito contra suposto "funcionário fantasma"
Suspeita é de que um assessor do ex-vereador Marcelo Palinkas possuía outro emprego

Câmara exige instauração de inquérito contra suposto "funcionário fantasma"

Documento foi encaminhado ao Ministério Público de Ribeirão Preto para apurar supostos crimes

A Câmara dos Vereadores de Ribeirão Preto protocolou junto ao Ministério Público o pedido para a instauração de um inquérito policial contra um ex-assessor do gabinete do vereador Marcelo Palinkas.

A acusação é de que o advogado Wilson Rogério Picão Estevão era um “funcionário fantasma” no gabinete de Palinkas. Segundo o documento, o assessor era, na verdade, funcionário da Viação São Bento. Por vezes, o advogado apareceu em programas de TV e reportagens sendo crítico à atual gestão da Câmara.

Em uma ação trabalhista movida pelo advogado, ele alega que trabalhava oito horas por dia, com “dedicação integral” à São Bento. Na ação, consta que Estevão trabalhava das 9h às 19h na empresa, com direito a uma hora de almoço. E, às vezes, estendia o trabalho até às 20h e às 21h. 

No currículo de Estevão, disponível no site Linkedin, consta que ele trabalhou na Viação São Bento entre o ano de 1987 e 2014. Na Câmara, ele alega ter trabalhado entre janeiro de 2008 e dezembro de 2011.

Na Câmara, é de responsabilidade do vereador controlar a folha ponto dos assessores. A reportagem do Portal Revide tentou contato com Marcelo Palinkas mas não obteve retorno até o momento.

O presidente da Câmara, vereador Lincoln Fernandes (PDT) comentou que, se provado o crime, exige que todos os honorários recebidos pelo advogado sejam devolvidos ao município. “A Câmara pode ter sido ludibriada. Mas que fique claro, até o momento, a ação é contra o Estevão, e não contra o Palinkas”, comenta Lincoln.

Outro lado

O Portal Revide entrou em contato com o advogado para esclarecimentos sobre a denúncia. Segundo Estevão, a acusação é falsa e de cunho político devido aos posicionamentos dele a respeito do poder Legislativo.

"Todavia, nada oficial me chegou e só após ser intimado e verificar os documentos é que irei me posicionar. Por enquanto, o que posso dizer é que desenvolvi corretamente o meu trabalho na Câmara de Vereadores, por quase quatro anos e, portanto, tenho certeza de minha inocência e ilibada conduta", declarou.

 

 

 

*Matéria alterada às 16h44 de quarta-feira, 10, para inclusão da resposta de Wilson Rogério Picão Estevão


Foto: Arquivo Revide

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