Câmara Municipal anuncia decisão sobre suplentes nesta sexta-feira, 23

Câmara Municipal anuncia decisão sobre suplentes nesta sexta-feira, 23

Em entrevista coletiva, presidente em exercício falará da convocação ou não de suplentes; vereadores são denunciados à Justiça Eleitoral

A presidente em exercício da Câmara Municipal, Viviane Alexandre (PSC), concede entrevista na manhã desta sexta-feira, 23, para anunciar se convoca ou não os suplentes dos nove vereadores afastados de suas funções públicas pela Justiça, por serem investigados pela Operação Sevandija, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Ribeirão Preto e Polícia Federal.

Duarante a sessão desta quinta-feira, 22, um dos suplentes, Cleudo José, protestou contra a não convocação de suplentes pela Câmara, já que o afastamento ocorreu no dia 1º de setembro. Mas a Câmara tem dúvida se ele próprio tem direito à vaga, já que não está mais no PR, partido pelo qual foi eleito suplente em 2012.

Os vereadores afastados são acusados de tráfico de influência por indicar pessoas para trabalhar na empresa Atmosphera, que era contratada pela Companhia de Desenvolvimento de Ribeirão Preto (Coderp) para fornecer mão de obra para a prefeitura. Alguns são suspeitos de também receber dinheiro da empresa. Todos negam as acusações.

Estão afastados de suas funções quatro integrantes da Mesa Diretora; o presidente Walter Gomes (PTB), o 1º e segundo vice-presidentes, Bebé (PSD) e Giló (PTB), e o 2º secretário, Capela Novas (PPS). Além destes, estão fora da Câmara os vereadores Cícero Gomes da Silva (PMDB), Genivaldo Gomes (PSD), Maurílio Romano (PP), Samuel Zanferdini (PSD) e Saulo Rodrigues (PRB). À exceção de Saulo Rodrigues, que não disputa a reeleição, os afastados foram denunciados à Justiça Eleitoral.

Também estão sendo investigados os vereadores Ricardo Silva (PDT), candidato a prefeito em coligação com o PMDB, e Maurício Gasparini (PSDB), que não foram afastados de suas funções.  

Cícero Gomes e Walter Gomes tiveram prisão preventiva pedida pelos promotores do Gaeco, mas negada pela Justiça. Os promotores aguardam ser intimados da decisão para recorrer ao Tribunal de Justiça de São Paulo.

Agora os promotores encaminharam também para a Justiça Eleitoral e o Ministério Público Eleitoral as denúncias contra os vereadores, para providências. Podem ser abertas contra os denunciados Ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aijes). Todos, no entanto, podem disputar as eleições do próximo dia 2. Em caso de condenação os eleitos perderão seus mandatos.


Foto: Guto Silveira

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