Folha salarial da Câmara de Ribeirão Preto ultrapassa R$ 1 milhão

Folha salarial da Câmara de Ribeirão Preto ultrapassa R$ 1 milhão

Maior salário pago na Casa é de R$ 19 mil; dados foram divulgados nesta sexta-feira, 12, em site

O Portal de Transparência da Câmara Municipal de Ribeirão Preto começou a publicar nesta sexta-feira, 12, os salários de todos os servidores concursados e não concursados que atuam na Casa, separado por nome, cargo e benefícios que cada um recebe para exercer a função, além de publicar as aposentadorias e pensões que a Câmara banca.

Ao todo, a folha da Câmara passa de R$ 720 mil, apenas com o servidores ativos, já com aposentados e pensionistas são outros R$ 300 mil. O total supera R$ 1 milhão.

Tem cargos, cuja base salarial para a função é de R$ 1,6 mil, em que os pagamentos, em razão dos benefícios, chegam até R$ 12,1 mil no vencimento líquido. O salário mais alto pago pela Câmara é de R$ 19,1 mil, isso porque, o servidor que tem direito a este vencimento acumula gratificações apontadas pela lei, por estar há mais de 30 anos no cargo. Sem os descontos, o salário seria de R$ 43 mil, justamente por esse acúmulo de gratificações.

Porém, em razão do teto pago pela Casa, ele não passa desse valor, e ficam retidos R$ 23,4 mil. O teto remuneratório dos servidores públicos dos Poderes Executivo e Legislativo do Município de Ribeirão Preto é de R$ 23.054,20 - o salário do prefeito.

Entre os pagamentos feitos pela Câmara está o de antigos políticos da Casa, como Cícero Gomes, que está afastado da Câmara por ser investigado pela Operação Sevandija, e mesmo assim recebe R$ 11 mil de aposentadoria. Há, também, outros ex-vereadores que recebem a aposentadoria, como Vicente Golfeto, Leopoldo Paulino, Marcelino Romano, por exemplo. 

Na sessão da última terça-feira, 9, os vereadores comentaram os valores pagos a antigos políticos. Renato Zucolotto (PP) chegou a falar que é lamentável que a Câmara tenha de pagar a antigos vereadores, embora reconheça que esse tenha sido um direito adquirido pela legislação então vigente, e que portanto não se pode fazer nada, já que foram decisões tomadas por outras legislaturas.

 


Foto: Arquivo Revide

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