Candidato a deputado federal afirma que flexibilizar o licenciamento ambiental é um crime contra a vida
Marcos Papa defende o combate à corrupção e a defesa pelo meio ambiente como principais pilares de candidatura

Candidato a deputado federal afirma que flexibilizar o licenciamento ambiental é um crime contra a vida

Em visita à Revide, Marcos Papa falou sobre sustentabilidade e medidas contra a corrupção

O candidato a deputado federal Marcos Papa (Rede) visitou a Revide e delimitou os principais campos de atuação nesta eleição. Ele acredita que a flexibilização do licenciamento ambiental é um crime contra a vida do brasileiro, além de manchar a imagem do agronegócio do País no exterior.

Dentre os vários textos que circulam pelo congresso em Brasília, o texto da chamada “bancada ruralista” é um dos que mais tem chances de ser aprovado e, também, um dos que causam embates com os ambientalistas.

A medida propõe uma simplificação na obtenção de licenças ambientais para produtores e empresários, a fim de aumentar a produtividade agrícola do País. Em alguns casos, a nova flexibilização permite que a licença possa ser tirada apenas com um preenchimento de formulário on-line.

Apesar da região de Ribeirão Preta ser muito presente no cenário do agronegócio nacional, Papa não acredita que vá encontrar resistência do segmento. “Pelo contrário, é uma forma de nós dizermos para o mundo que a região de Ribeirão Preto não destrói o meio ambiente para produzir”, afirma.

Segundo o candidato, existe, atualmente, no Brasil, um estoque de terras degradadas que podem ser recuperados pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).  “A Embrapa tem tecnologia para recuperar estas terras. Nós não precisamos flexibilizar licenciamento ambiental. A Dilma flexibilizou o licenciamento ambiental para fazer Belo Monte, e olha o desastre que está acontecendo lá.”, critica Papa.

A sustentabilidade é um dos principais pilares do candidato e do partido Rede. Durante a entrevista, Papa atentou para a urgência destas políticas. “Por exemplo, se você tem uma gestão macroeconômica ruim, você consegue consertar os danos com uma equipe boa. Mas, uma boa equipe ambiental não conserta os milhões de anos que a natureza deixou construindo um ecossistema equilibrado como nós temos”, comenta o candidato.

Além disso, Papa também defende a criação de uma Lei de Responsabilidade Sanitária, aos moldes da fiscal, na qual as prefeituras que não se adequarem a um padrão sustentável de coleta e tratamento de resíduos, sejam multadas. "Os presidentes vêm, criminosamente, prorrogando os prazos para os municípios implantarem suas políticas de saneamento básico", frisa.

O segundo pilar da candidatura de Papa é o da corrupção. Segundo ele, a experiência herdada com o processo da Sevandija em Ribeirão Preto será essencial para a atuação em Brasília. O candidato pretende aprovar as 70 medidas anticorrupção, que foram sugeridas após o congresso nacional “fatiar” as dez que foram indicadas pela população.

Uma das medidas destacadas por Papa é a que fiscaliza as grandes licitações.  “Qualquer empresa que queira participar de uma licitação acima de R$ 30 milhões, tem que ser auditada por um organismo que tenha qualificação para isso”, comenta.

Por fim, o candidato exalta que pretende combater a corrupção em Brasília, mas sem virar as costas para Ribeirão Preto. “Eu vejo deputados que estão eleitos com vários mandatos, que fecham os olhos para a corrupção lá em Brasília, mas que em véspera de eleição mandam esmolas para Ribeirão em forma de emendas parlamentares. Isso tem que acabar. O deputado é eleito para representar sua região”, conclui.


Foto: Paulo Apolinário

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