Comissão ouvirá candidatos de concurso da Câmara

Comissão ouvirá candidatos de concurso da Câmara

Exame está suspenso desde o dia 20 de novembro por suspeita de irregularidades; diretor de empresa responsável por provas diz desconhecer denúncias

Comissão Fiscalizadora do concurso público 01/2015 da Câmara Municipal faz nesta sexta-feira, dia 4, uma reunião para ouvir candidatos que fizeram as provas no dia 1º de novembro deste ano. O concurso é para a contratação de diretor de imagens, editor de videotape, fotógrafo, radiotelefonista e recepcionista, com uma vaga para cada cargo.

Formada pelos vereadores Bertinho Scandiuzzi (PSDB), Marcos Papa (Rede) e Ricardo Silva (PDT), a comissão passou os últimos 20 dias reunindo documentos com as denúncias feitas por candidatos que prestaram o exame. O prazo inicial de apuração é de 30 dias, mas pode ser prorrogado, segundo Ricardo Silva.

“A audiência com os candidatos é apenas uma das fases da investigação. Já temos bastante documentos e pretendemos terminar no prazo. Mas não faremos nada de afogadilho. Se for necessário,  pediremos prorrogação”, disse Ricardo Silva.

O vereador explicou que após ouvir os candidatos a comissão deve fazer um relatório com as conclusões e entregar à Mesa Diretora da Câmara com a indicação de providências. “Com base na investigação, a Mesa pode cancelar o concurso ou manter sua validade”, comentou.

Apesar de as provas terem sido realizadas no dia 1º de novembro, o concurso só foi  suspenso após a divulgação dos resultados, ocorrida no dia 10 de novembro, com mais de mil nomes de aprovados. Segundo Ricardo Silva a suspensão foi sugerida pela comissão após o recebimento de denúncias, mas o pedido foi assinado por todos os vereadores.

De acordo com os vereadores da comissão, foram várias as irregularidades apontadas pelos candidatos. Desde utilização de telefones celulares durante as provas a saída e retorno à sala onde ocorria o exame. “Temos bastante documentos que estamos analisando”, apontou Ricardo Silva.

Esperando o desfecho

As provas foram aplicadas pela Apta – Assessoria e Consultoria Ltda., contratada por licitação. O diretor da empresa, Leandro Prado, disse que ainda não sabe do que está sendo acusado. Ele chegou a pedir informações sobre as denúncias feitas, mas ainda não recebeu respostas. “Estou esperando para saber quais são as acusações. Tudo que os vereadores solicitaram de documentos eu já enviei”, afirmou.

Leandro também garantiu que não houve irregularidades nas provas e que não está preocupado com as investigações. “Não vou me preocupar com isso agora. Assim que estiver de posse da acusação formal vou consultar meu departamento jurídico e me defender”.

 

Foto: Silvia Morais/Câmara Municipal

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