Conselho de Ética decidirá sobre pedido de afastamento de relator

Conselho de Ética decidirá sobre pedido de afastamento de relator

Vereador diz estar tranquilo quanto a pedido, por não ter seu nome envolvido em investigações; representados são notificados de investigação

A presidente em exercício da Câmara Municipal de Ribeirão Preto, Gláucia Berenice (PSDB), decidiu encaminhar para o Conselho de Ética um pedido de afastamento de Rodrigo Simões (PDT), da relatoria da denúncia de quebra de decoro parlamentar de nove vereadores que estão afastados de suas funções públicas.

O pedido de afastamento foi feito pelo advogado João Silvério de Carvalho Neto. Para pedir o impedimento do vereador, ele alega que Simões estaria sendo investigado pela Operação Sevandija.

Ainda de acordo com o pedido do advogado, Rodrigo Simões teria tido suas iniciais “R.S.” inscritas em notas de R$ 2 apreendidas em um cofre de propriedade de Marcelo Plastino, proprietário da empresa Atmosphera, acusado de pagar propina a vereadores.

“O Conselho vai decidir se haverá ou não o afastamento. O que posso dizer é que não sou investigado e que este fato não irá prejudicar trâmite da investigação em curso”, disse Rodrigo Simões.

Para ele, a pessoa que entrou com o pedido teve a intenção de retardar o trabalho do Conselho na apuração de denúncia de quebra de decoro parlamentar contra os vereadores que estão afastados de suas funções públicas desde o dia 1º de setembro e são acusados de quebra de decoro parlamentar.

Rodrigo é o relator do processo desde a quinta-feira, 20, após renúncia do vereador Waldyr Villela (PSD) da relatoria. Villela, que também é o presidente do Conselho, pediu para ser o relator e os outros dois membros aceitaram.

Mas nos primeiros 15 dias no cargo ele sequer notificou os vereadores da existência do pedido de cassação, para que eles possam apresentar a defesa prévia.

O vereador também estaria impedido de ser o relator porque dos nove acusados, três – Bebé, Genivaldo Gomes e Samuel Zanferdini – são do partido dele.

Rodrigo Simões disse que o prazo para notificações termina nesta segunda-feira, 24, e que já nesta terça-feira fará um balanço para saber se todos os representados foram notificados. “Caso algum deles não tenha sido encontrado vamos notificar no gabinete, já que os assessores estão trabalhando”, afirmou.

Após a notificação, os acusados têm dez dias para apresentação de defesa prévia. Com base na defesa o relator decide pelo prosseguimento ou não das investigações, que pode culminar em punições, entre elas a cassação do mandato.


Foto: Ibraim Leão

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