Daerp rompe contrato com Aegea, que contesta decisão
Daerp rompe contrato com Aegea, que contesta decisão

Daerp rompe contrato com Aegea, que contesta decisão

Anúncio do rompimento do acordo foi realizado na CPI que investiga contratos entre a autarquia e a empresa em 2014, investigados pela Sevandija

Em reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investiga os contratos do Daerp com a Aegea Engenharia assinados em 2014, a autarquia anunciou o rompimento do acordo com a empresa, na quinta-feira, 24, apontando a falta de coerência com os pagamentos realizados a empresa e as obras apresentadas. A Aegea contesta a validade da rescisão.

Isso porque a decisão foi tomada de maneira unilateral, após sindicância interna do Daerp ter apontado diferenças de R$ 16,8 milhões nas medições apresentadas pelas empresas e pelas obras concluídas. Porém, a Aegea Engenharia informa que desconhece todo o teor do relatório apresentado como justificativa para a quebra do contrato.

O acordo entre o Daerp e a Aegea Engenharia é investigado na Operação Sevandija, realizada pela Polícia Federal e pelo Grupo de Apoio Especial ao Combate ao Crime Organizado, que apura supostos desvios em licitações.

A autarquia informa que a empresa sofrerá a penalização por ser impedida de manter contratos com o Daerp em um período de dois anos, além da aplicação de multa de até 20% do valor total do contrato assinado e a execução imediata do seguro calção do contrato apresentado pela empresa no valor de R$ 4 milhões.

Em contato com a reportagem do Portal Revide, a Aegea Engenharia informou que desconhece qualquer irregularidade referente ao contrato e enfatiza que “segue, em suas relações com órgãos públicos, as regulações definidas por essas entidades, no caso o Daerp”.

A empresa ainda comunica que entrou com mandado de segurança para ter acesso à integra do relatório da sindicância do Daerp, fato que ainda não havia ocorrido, sendo que o pedido foi aceito pela Justiça na última semana, que determinou o prazo de dez dias para apresentação da defesa da Aegea a partir do recebimento do relatório completo do Daerp.

“Assim, a decisão de rescisão do contrato por parte do Daerp, com aplicação de penalidades e que é posterior a 16/11/2016, é nula de pleno direito e não produz efeitos jurídicos. A Aegea Engenharia reitera que acompanha as apurações que ocorrem em Ribeirão Preto e mantém-se à disposição das autoridades para os esclarecimentos necessários, posicionando-se sempre com transparência e em conformidade com a legislação”, disse em nota.


Foto: Arquivo Revide

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