Deputados reagem a declarações de força-tarefa da Lava Jato sobre anticorrupção
Deputados reagem a declarações de força-tarefa da Lava Jato sobre anticorrupção

Deputados reagem a declarações de força-tarefa da Lava Jato sobre anticorrupção

Para o deputado Alberto Fraga, declaração de Deltan Dallagnol demonstra que procuradores são parciais na sua atuação

Deputados reagiram às declarações dos procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato contra a aprovação do pacote anticorrupção pela Câmara dos Deputados na madrugada desta quarta-feira, 30.

A Câmara incluiu na proposta o crime de responsabilidade de juízes e promotores, que poderão ser condenados se atuarem com motivações políticas.

Foram retirados ainda vários pontos aprovados pela comissão especial: a instituição do crime de enriquecimento ilícito e da ação de extinção de domínio de bens; responsabilização de dirigentes partidários; regras na prescrição dos crimes, entre outros. Os deputados decidiram que seria mais oportuno tratar destes temas na revisão do Código de Processo Penal.

Em entrevista coletiva, o procurador Deltan Dallagnol, afirmou que a votação na Câmara foi o "golpe mais forte efetuado contra a Lava Jato concretamente em toda a sua história".

Para o deputado Alberto Fraga (DEM-DF), a entrevista demonstra que os procuradores são parciais na sua atuação. “Em vez de defender a proposta conosco, preferem os holofotes. Posam de mocinhos e ameaçam abandonar a Lava Jato”, condenou.

O deputado Diego Garcia (PHS-PR) saiu em defesa dos procuradores. “É lamentável dizer que os procuradores não participaram da discussão. Nós fizemos audiências públicas em Brasília e um encontro regional em Curitiba”, disse Garcia, que acusou o Plenário de ter “duzentos parlamentares numa lista de investigados”.

Por sua vez, o deputado Miro Teixeira (Rede-RJ) disse que a comissão especial que discute o Código de Processo Penal pode agilizar os trabalhos para discutir as medidas já no começo do ano que vem. “Não significa recuo ou atitude tomada pelo medo, mas uma atitude de conciliação”, afirmou.


Foto: Lula Marques

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