Em sessão sem pauta, vereadores enfrentam protestos

Em sessão sem pauta, vereadores enfrentam protestos

Reunião seria para ouvir chefe da Divisão de Alimentação Escolar, que faltou à convocação; manifestantes lotaram galerias

A sessão da Câmara Municipal desta terça-feira, 5, não teve pauta de votações e os discursos feitos não foram de vereadores, na tribuna, mas de manifestantes que lotaram as galerias do Legislativo. Dois grupos se manifestaram. Um deles contra a aprovação do Plano Municipal da Educação (PME) que, alegam, foi modificado após a realização de discussões com entidades. O outro grupo defendeu a redução dos subsídios dos vereadores na próxima legislatura, fixados em quase R$ 14 mil a partir de 2017.

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A previsão da sessão era ouvir depoimento do chefe da Divisão de Alimentação Escolar (DAE), da Secretaria Municipal da Educação, Aliomar Martins, mas ele não compareceu à convocação.

Ao presidente da Câmara, Walter Gomes (PTB), Aliomar enviou um ofício informando da impossibilidade de comparecer, “por motivo de força maior”. E se colocou à disposição para ir à Casa no dia 12 “ou em qualquer outra data que for conveniente”. Como estava previsto o depoimento, não havia qualquer projeto a ser votado e a sessão durou apenas cerca de dez minutos.

Os manifestantes gritaram palavras de ordem e jogaram papéis imitando cédulas de dinheiro no plenário, no pouco tempo que durou a reunião dos vereadores. Depois, passaram a discursar e a explicar aos presentes o que ocorreu com o PME. Segundo os organizadores do protesto, a Administração Municipal modificou o Plano depois de feitas as discussões com entidades da sociedade civil.

O Plano está na Câmara para votação, mas estaria diferente do aprovado nas discussões de elaboração. Um dos itens que os manifestantes defenderam foi a eleição para diretores de escolas municipais. Eles também são contra a exclusão dos professores de libras do PME.

Subsídios

Manifestante do Movimento Troque Todos os 22 Vereadores também protestaram pela redução dos subsídios dos parlamentares previsto para 2017. Em julho do ano passado, os vereadores aprovaram um reajuste de 26% nos subsídios, o que eleva o valor mensal de R$ 10,8 mil, para R$ 13,8 mil, em valores brutos. O reajuste foi aprovado sob protestos. Agora, o movimento colhe assinaturas pela redução do valor.

Segundo Paulo Lourenço, coordenador do Movimento, a defesa é pela redução dos valores e do número de cargos em comissão, também na Prefeitura. “A partir da semana que vem vamos iniciar uma campanha pela redução do número de cargos em comissão. Não adianta cortar o cafezinho e manter, no caso da Prefeitura, 533 cargos em comissão”, disse.

Fotos: Guto Silveira

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