Entidades devem entrar com pedido de cassação de vereadores na quinta

Entidades devem entrar com pedido de cassação de vereadores na quinta

O pedido deve abranger todos os vereadores que estão com as funções públicas suspensas pela Justiça

Várias entidades devem protocolar nesta quinta-feira, 8, um pedido de cassação de mandato coletivo dos nove vereadores que estão com as funções públicas suspensas pela justiça, suspeitos de participação em fraudes em licitações e tráfico de influência. Segundo o professor José Elias Domingues, a peça ainda está sendo preparada para ser protocolada. “Será um pedido bem embasado juridicamente e cada entidade entrará comuma representação”, afirmou.

Ele não descarta a possibilidade de incluir mais vereadores, de acordo com o andamento da operação Sevendija, que investiga os vereadores e agentes políticos da prefeitura. “Candidatos a vereador não assinarão os pedidos, para que não pareça um golpe, disse José Elias.

Na noite desta terça-feira, 6, cerca de 150 pessoas participaram de um protesto na Câmara de vereadores, em função da investigação e de vídeos e áudios em que vereadores aparecem tomando café com um empresário e que poderia ser uma desculpa para recebimento de propinas, que seriam entregues no meio de revistas.

Os manifestantes estavam com garrafas de café e copinhos, assim como a simulação de uma revista cheia de notas de dinheiro sem valor, em notas reduzidas. Eles também jogaram as notas no plenário durante o ato.

Vetos derrubados e votação de contas

Na sessão que contou novamente com a presença de 13 dos 22 vereadores, presidida pela vereadora Viviane Alexandre (PSC), foram rejeitados cinco vetos da prefeita Dárcy Vera (PSD) a projetos de vereadores. Com maioria na Casa, a oposição tem votado contra a prefeita. Não houve discussão dos vetos nem encaminhamentos.

Também durante a sessão desta terça-feira, o vereador Marcos Papa voltou a cobrar da Câmara a votação das contas da prefeita Dárcy Vera, de 2012 e 2013, ambas com parecer desfavorável do Tribunal de Contas do Estado (TCE). As contas deveriam ter sido votadas no início de agosto, em obediência à Lei Orgânica co Município, mas segue ainda sem votação porque a bancada governista não conseguiu os 15 votos necessários.

De acordo com a questão de ordem levantada pelo vereador, a prefeita foi notificada no dia 1º de agosto para apresentar defesa, no prazo de 30 dias. Como o prazo é contado em dias úteis, a votação deve ocorrer até o próximo dia 13.


Foto: Guto Silveira

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