Estre aparece em delação premiada de Sérgio Machado
Estre aparece em delação premiada de Sérgio Machado

Estre aparece em delação premiada de Sérgio Machado

Empresa responsável pela coleta de lixo em Ribeirão Preto é citada em depoimento do ex-presidente da Transpetro

Em delação, o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, afirma que 18 políticos receberam propinas de empresas interessadas em licitações da subsidiária da Petrobras. Entre as citadas, está empresa que realiza a coleta de lixo em Ribeirão Preto, a Estre Ambiental.

Na delação, Machado também diz que os pagamentos a políticos e partidos ocorrem desde as eleições de 1998. O documento foi publicado nesta quarta-feira, 15, no blog de Fausto Macedo, de O Estado de São Paulo, e também na Folha de S. Paulo. Procurada pelo Portal Revide, a Estre informou que só se manifestará após analisar todo o conteúdo da delação.

No documento, Machado aponta que a Estre, junto com outras empresas, pagaria uma propina mensal para políticos, visando a obtenção de vantagens em licitações. Foram citados na delação o presidente do Senado, Renan Calheiros, Romero Jucá (PMDB), além dos deputados Cândido Vaccarezza (PT), Jandira Feghali (PCdoB), Luiz Sérgio (PT), Edson Santos (PT), Francisco Dornelles (PP), Henrique Eduardo Alves (PMDB), Ideli Salvatti (PT), Jorge Bittar (PT), Garibaldi Alves (PMDB), Valter Alves (PMDB), Valdir Raupp (PMDB), Heráclito Fortes (PSB), o ex-senador Sérgio Guerra (PSDB, morto em 2014), o senador José Agripino Maia (DEM) e o deputado Felipe Maia (DEM).

Além disso, Machado também afirmou que o presidente interino Michel Temer (PMDB), pediu dinheiro para a campanha de Gabriel Chalita para a prefeitura de São Paulo, em 2012.

Ainda em 2014, no início da Operação Lava Jato, pela Polícia Federal, a relação da Estre com o então diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, foi um dos pivôs da queda de Machado da presidência da Transpetro.

Na ocasião, Costa afirmou que recebeu da empresa R$ 1,4 milhão para facilidades na licitação para construção de um estaleiro no Rio Tietê, em 2010, para o transporte de até 4 bilhões de litros de etanol pela hidrovia Tietê-Paraná.

A Estre faz parte do consórcio ERT, vencedor da licitação, junto com a SS Participações e o estaleiro Rio Maguari. Na obra, o Ministério Público Estadual constatou irregularidades, e chegou a pedir o cancelamento do contrato junto à Justiça, no ano de 2014, que foi negado.


Foto: Arquivo Revide

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