Operação da PF: Ex-secretário estadual, Nogueira pede celeridade em investigações
Nogueira, que esteve no comando da pasta à época de contratos investigados pela PF, comentou a Operação Pedra no Caminho
O prefeito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira (PSDB), que foi secretário de Transportes do Estado de São Paulo no governo de Geraldo Alckmin (PSDB), justamente no período em que o presidente da Cohab-RP, Nilson Baroni, foi diretor da empresa de Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa), comentou a atuação da Polícia Federal (PF). Baroni é um dos alvos da Operação Pedra no Caminho, deflagrada nessa quinta-feira, 21.
Nogueira, que foi secretário da pasta no período de janeiro de 2015 a abril de 2016, quando deixou o cargo para concorrer à prefeitura, afirma que “é preciso ir a fundo na apuração dos fatos”.
“Quem faz vida pública sabe que só a verdade condena”, aponta nota enviada pela prefeitura. O prefeito ainda diz, pelo comunicado, que a apuração deve ser rápida. “Tudo tem que ser esclarecido e espero que a apuração ocorra da forma mais célere possível”, declarou.
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A Polícia Federal cumpriu um mandado de busca e apreensão na residência de Baroni, em Ribeirão Preto, nessa última quinta. Esse foi um dos 56 locais que a PF deflagrou a Pedra no Caminho, que apura um suposto superfaturamento em obras do Rodoanel Viário Mário Covas – Trecho Norte.
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF) e a PF, as obras tiveram um sobrepreço de R$ 131 milhões. Baroni teria dado aval para um aditivo de contrato que ocasionou esse sobrepreço, em quantia que gira em torno de R$ 30 milhões. O aditivo investigado é de setembro de 2015, quando o prefeito de Ribeirão Preto comandava a pasta dos Transportes.
Baroni já se posicionou sobre o assunto e afirmou que os fatos estão sendo apurados pelos órgãos competentes. Ele ainda disse que confia na Justiça e que continua à frente da Cohab-RP.
Foto: FL Piton – Prefeitura Ribeirão Preto