Falta de votos deve barrar Plano de Saneamento na Câmara

Falta de votos deve barrar Plano de Saneamento na Câmara

Em regime de urgência especial, projeto do Executivo deve ficar sem parecer da Comissão de Justiça; quatro da base devem faltar à sessão.

Os vereadores de Ribeirão Preto não devem votar nesta terça-feira, 22, o Plano Municipal de Saneamento Básico, principal projeto da pauta da última sessão ordinária do ano. Como está em regime de urgência especial, o projeto só não será votado se ficar sem parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que é o que deve acontecer.

A decisão de não votar a proposta ocorre em função da incerteza do governo em aprovar a matéria, que precisa do voto favorável de dois terços dos vereadores, ou seja, 15. A oposição já se prepara para votar contra, por defender maior discussão em torno do assunto, até porque o plano cria taxa de cobrança para a coleta de resíduos sólidos e transfere ao Daerp a gestão do saneamento.

Apenas o projeto do Plano Municipal de Saneamento Básico tem 44 páginas de texto com definições das políticas de saneamento básico. O relatório final que gerou o projeto de lei complementar tem outras 338 páginas. Elaborado desde outubro de 2013, o projeto deu entrada na Câmara na quinta-feira, 17, para votação nesta terça-feira, 22.

“Vou encaminhar e votar contra. Espero que a Câmara rejeite o projeto, assim como rejeitou o projeto de revisão do Plano Diretor, que ficou 14 meses na Casa”, disse o vereador Marcos Papa (Rede). Para ele o projeto representa um retrocesso, mas só pela falta de prazo para discussão já merece ser rejeitado. “Merece um não só por isso. Também acho que o projeto deve ser discutido na Comissão Permanente de Meio Ambiente”, afirmou.

Para o líder do governo na Câmara, Genivaldo Gomes (PSD), não há falta de tempo para conhecimento do projeto. “Todos os vereadores receberam um CD com o projeto na quinta-feira (17) de manhã. E todos têm assessoria para analisar. Meus assessores analisaram tudo”, comentou.

Ele também informou que devem estar ausentes à sessão desta terça-feira quatro vereadores da base, o que dificultará a votação. “Penso que deveríamos aprovar o plano, porque Ribeirão preto não pode ficar parada. Trabalho pela aprovação, mas tenho limites”, apontou.

Foto: Silvia Morais / Câmara Municipal

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