Gandini não declara apoio e ataca candidatos que foram ao 2º turno
Gandini não declara apoio e ataca candidatos que foram ao 2º turno

Gandini não declara apoio e ataca candidatos que foram ao 2º turno

Terceiro colocado no primeiro turno, o juiz aposentado conta que não foi procurado por adversários para debater propostas

O juiz aposentado e candidato derrotado à Prefeitura de Ribeirão Preto, João Gandini (PSB), disse que não declarará apoio a ninguém no segundo turno das eleições municipais. Ele também afirmou, nesta sexta-feira, 14, que foi prejudicado com a falta de apoio do partido na disputa eleitoral, embora ele tenha declarado estar confortável na sigla.

Quase duas semanas após o pleito, que definiu Duarte Nogueira (PSDB) e Ricardo Silva (PDT) na disputa do segundo turno, Gandini contou que ainda não foi procurado por nenhum dos dois, mas se mostrou disposto a sentar com ambos para debater ideias.

Porém, ele declarou que não apoiará o candidato tucano por considerar que Nogueira seja representante da “velha política”, entretanto, ele ratificou que isso não significa apoio a Ricardo Silva, contra o qual ele teve embates durante os debates, o que ocasionou em até processos judiciais entre os dois.

O juiz aposentado também justificou que não declarará apoio a nenhum dos dois, pois eles estariam envolvidos em caso de corrupção. Nogueira na questão da Máfia da Merenda e na lista da Odebrecht, e Ricardo Silva na Operação Sevandija. Ambos negam as acusações.

“Essa afirmação de que a Corregedoria Geral do Estado o absolveu na questão da Merenda é ‘para inglês ver’. Como ele foi absolvido se existe apenas um inquérito e não uma denúncia? Não está no Supremo”, questionou Gandini, que ainda afirmou que “corrupção de um lado tem, corrupção do outro lado também tem”, em referência a possível citação de Ricardo nas notas de R$ 2 apreendidas no cofre de um dos investigados na Sevandija.

“Quem tiver culpa no cartório, que seja punido. Mas, como jurista, eu não posso desrespeitar o direito de cada um de ter a defesa. Pode ser que eles sejam inocentados”, ponderou o candidato que ficou em terceiro na disputa, com 36,5 mil votos.

Falta de apoio e Alckmin ‘para consertar o País’

Gandini também reclamou da falta de apoio do PSB, partido ao qual ele está filiado, é presidente do diretório municipal e coordenador regional. Isso porque ele aponta que houve a decisão de “cima para baixo”, para que ele fosse candidato a vice na chapa de Nogueira, o que ele não aceitou para manter a candidatura própria, o que teria ocasionado na perda de tempo para por a campanha na rua.

O PSB é o partido do vice-governador do Estado de São Paulo, Márcio França, que faz dobradinha com Geraldo Alckmin, do PSDB. Ele relaciona essa imposição com a necessidade de que Alckmin seja candidato à presidência da república em 2018, o que ele enxerga com bons olhos, já que ele diz que confia no governador.

“Vejo como natural que São Paulo doe para o país o próximo presidente para o por o País em ordem”, analisou Gandini, que disse que mesmo assim, ele declarou estar contente na legenda.


Foto: Arquivo Revide

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