Justiça determina criação de Área Azul por lei específica

Justiça determina criação de Área Azul por lei específica

Sentença invalida decreto da Prefeitura, que terá que enviar projeto de lei para aprovação da Câmara; ação foi movida por vereadores da oposição

A juíza Lucilene Aparecida Canella de Melo, da 2ª Vara da Fazenda Pública, manteve a liminar que proíbe a cobrança da Área Azul e declarou inválidos e sem efeitos os decretos que criavam o estacionamento rotativo. A sentença é em uma ação popular movida pelos vereadores Bertinho Scandiuzzi, Gláucia Berenice e Maurício Gasparini, todos do PSDB. Os autores questionaram a criação da Área Azul por decreto.

A cobrança do estacionamento está suspensa desde o dia 10 de junho em função de liminar concedida pela juíza, porque a prefeitura havia baixado um decreto em que revogava outro que criou a Área Azul, extinguindo o estacionamento rotativo. Procurados na noite desta sexta-feira, 12, para comentar a decisão, representantes da Administração municipal não foram encontrados.

Da decisão cabe recurso ao Tribunal de Justiça de São Paulo e a própria juíza já determinou a subida dos autos, caso não ocorram recursos dentro do prazo, “para o reexame necessário, por se tratar de sentença ilíquida proferida contra a Fazenda Pública”.

Em nota enviada na quarta-feira, 10,  prefeitura de Ribeirão Preto informou que já deixou de arrecadar cerca de R$ 300 mil com a cobrança do estacionamento rotativo da Área Azul, em função da suspensão da cobrança. A informação tomou como base a perspectiva de cobrança de R$ 3 por duas horas de estacionamento nas 1.447 vagas existentes.

Os vereadores tucanos acionaram a justiça porque a prefeita Dárcy Vera (PSD) ao determinar novo valor da tarifa por decreto, publicado no final de maio deste ano, também revogou outro que regulamentava a Área Azul, extinguindo o estacionamento.

Foi a segunda tentativa de elevar o valor de R$ 1 para R$ 3. A tentativa anterior ocorreu em agosto do ano passado, mas também acabou suspenso por liminar judicial. A prefeitura até já baixou outro decreto para recriar o estacionamento rotativo e o juntou à ação que tramita na justiça, com o pedido de suspensão da liminar e extinção do processo.


Foto: Julio Sian

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