Leite Lopes pode ter licitação no início do ano
Cronograma apresentado prevê concorrência para ampliação do aeroporto para o primeiro trimestre de 2016; cobrança de Dárcy provocou debate
As obras para ampliação do aeroporto Leite Lopes podem ser licitadas no primeiro trimestre de 2016. A nova previsão – a anterior era 15 de setembro deste ano – foi apresentada pelo ministro Eliseu Padilha, da Secretaria da Aviação Civil, em audiência pública da Comissão Permanente de Viação e Transporte da Câmara dos deputados, presidida pelo deputado federal Baleia Rossi (PMDB-SP).
Também participou da reunião o secretário estadual de Logística e Transporte, Duarte Nogueira, a prefeita Dárcy Vera (PSD), o deputado estadual Léo Oliveira (PMDB), vereadores de Ribeirão Preto e representante dos empresários, como o presidente da Acirp, Antônio Carlos Maçoneto, o diretor regional do Ciesp, Guilherme Feitosa, e o diretor regional do Sinduscon, Fernando Junqueira.
Segundo o ministro Eliseu Padilha, já no mês de dezembro serão concluídos os estudos do terminal de passageiros, assim como será concluído o plano de controle ambiental e será assinado o termo de anuência com o governo estadual para que o sitio aeroportuário esteja livre e desembaraçado para as obras.
“Se o cronograma for mantido, no primeiro trimestre de 2016 teremos condição de abrir a licitação para as obras”, afirmou o ministro, dizendo que está trabalhando a quatro mãos, juntamente com o governo estadual.
O secretário Duarte Nogueira também apresentou o projeto de desapropriação do entorno e da modificação viária do entorno, que o governo estadual fará junto com a prefeitura, em função do deslocamento da pista e da construção de um “mergulhão na avenida Thomaz Alberto Whately.
Debate
A audiência pública, no entanto, não foi das mais calmas. A prefeita Dárcy Vera chegou a provocar o ministro Padilha e o secretário Duarte Nogueira a assinarem com ela um compromisso para terminar as obras até o final de 2016, ou entregar o aeroporto para Ribeirão Preto buscar outra solução.
O ministro foi duro com a prefeita e disse que não assinaria o compromisso porque ele não tem poder sobre o orçamento do governo federal e que depende de recursos para a realização das obras. Mas afirmou que entregaria o aeroporto para Dárcy fazer os investimentos necessários pela prefeitura.
Já Duarte Nogueira também disse que não assinaria o compromisso por não ser uma pessoa jurídica, mas física e transitória no cargo. E não seria possível cumprir o compromisso se amanhã não for mais secretário.
Ao final, a prefeita disse que sua fala, exaltada, foi uma estratégia para provocar os dois. Colocou “panos quentes” e disse que saia da audiência feliz com os resultados.
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