Marcelo Crivella é eleito prefeito do Rio; Kalil vence em Belo Horizonte
Vencedor na capital fluminense estava em sua terceira disputa; eleito na capital mineira já presidiu o Atlético
Bispo licenciado da Igreja Universal, o senador Marcelo Crivella (PRB) venceu a disputa para a prefeitura do Rio de Janeiro. Com 88,08% das urnas apuradas, Crivella atingiu 59,07% dos votos válidos e não pode ser mais alcançado por Marcelo Freixo (PSOL), que tem 40,93%.
Essa é a terceira vez que Crivella disputa a prefeitura carioca. Engenheiro civil, com pós-graduação na Universidade de Pretoria, em Joanesburgo, África do Sul, também concorreu ao governo estadual em 2006 e 2014. Começou a trabalhar aos 14 anos como auxiliar de escritório e foi taxista. Ficou oito anos no Exército, foi professor universitário e servidor público.
Com 59 anos, Crivella nasceu na capital fluminense e é filho único de pais católicos. Em 2002, foi eleito para o Senado com mais de 3 milhões de votos. Foi reeleito para o período 2011 a 2019. No governo de Dilma Rousseff, foi ministro da Pesca e Aquicultura. O político publicou contos de cunho religioso e um livro sobre projeto que torna produtivas terras abandonadas pelo governo federal, na cidade de Irecê (BA).
Casado com Sylvia Jane há 36 anos, é pai de três filhos e tem dois netos. Crivella chegou a ser considerado um dos principais intérpretes do gênero gospel no Brasil, com cerca de 16 álbuns musicais gravados.
Kalil ganha em Belo Horizonte
O empresário Alexandre Kalil (PHS) venceu a disputa para a prefeitura de Belo Horizonte. Com 95,15% das urnas apuradas, o ex-presidente do clube de futebol Atlético Mineiro está matematicamente eleito com 53,31% dos votos válidos e não pode mais se alcançado por João Leite (PSDB), que tem 46,69% dos votos. As abstenções representam 22,48% dos votos, os votos nulos são 4,86% e os brancos 15,53%.
Aos 57 anos, Alexandre Kalil (PHS) disputa uma eleição pela primeira vez. A campanha dele foi marcada pelo lema de que não é político e sim empresário. Natural de Belo Horizonte, foi presidente do Atlético-MG de 2008 a 2014. Durante sua gestão, o clube contratou Ronaldinho Gaúcho e foi campeão da Copa Libertadores da América, em 2013, considerado o maior título da história do time mineiro.
Crítico da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o ex-dirigente liderou a criação da Primeira Liga, que organizou no início deste ano uma competição com clubes de Minas Gerais, do Rio de Janeiro e dos estados do sul do país.
Graduado em engenharia civil, Kalil é sócio da empresa Erkal Engenharia. Em 2014, chegou a registrar-se como candidato pelo PSB a deputado federal, mas desistiu do pleito após a morte de Eduardo Campos, que disputava a Presidência da República pelo mesmo partido.
O vice na chapa da Kalil é Paulo Lamac (Rede), também natural da capital mineira.
Eleitos nas capitais
Além, dos dois, outros 16 prefeitos disputaram o segundo turno nas capitais. Veja os resultados:
Porto Alegre
Nelson Marchezan Junior (PSDB) – 60,50%
Sebastião Melo (PMDB) – 39,50%
Florianópolis
Gean Loureiro (PMDB) – 50,26%
Ângela Amin (PP) – 49,74%
Curitiba
Rafael Greca (PMN) – 53,25%
Ney Leprevost (PSD) – 46,75%
Vitória
Luciano (PPS) – 51,19%
Amaro Neto (SD) – 48,81%
Campo Grande
Marquinhos Trad (PSD) – 58,77%
Rose Modesto (PSDB) – 41,23%
Cuiabá
Emanuel Pinheiro (PMDB) – 60,41%
Wilson Santos (PSDB) – 39,59%
Goiânia
Iris Rezende (PMDB) – 57,70%
Vanderlan (PSB) – 42,30
Aracaju
Edvaldo Nogueira (PCdoB) – 52,11%
Valadares Filho (PSB)47,89%
Maceió
Rui Palmeira (PSDB) – 60,05%
Cícero Almeida (PMDB) – 39,95%
Recife
Geraldo Júlio (PSB) – 61,30%
João Paulo (PT) – 38,7%
Fortaleza
Roberto Claudio (PDT) - 53,57%
Capitão Wagner (PR) – 46,43%
São Luís
Edivaldo Holanda Junior (PDT) – 53,96%
Eduardo Braide (PMN) – 46,06%
Macapá
Clécio Vieira (Rede) – 60,51%
Gilvam Borges (PMDB) – 39,49%
Belém
Zenaldo Coutinho (PSDB) – 52,33%
Edmilson (PSOL) – 47,67%
Manaus
Artur Neto (PSDB) – 55,96%
Marcelo Ramos (PR) – 44,04%
Porto Velho
Dr. Hildon (PSDB) – 65,15%
Léo Moraes (PTB) – 34,85%
Foto: Fernando Frazão/ Agência Brasil