Alexandre de Moraes intima o diretor-geral da PRF para explicar operações policiais

Alexandre de Moraes intima o diretor-geral da PRF para explicar operações policiais

Tribunal Superior Eleitoral foi acionado em função de operações da Polícia Rodoviária Federal que estariam dificultando o transporte público de eleitores

Neste domingo, dia 30 de outubro, a coligação “Brasil da Esperança” da candidatura do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), acionou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) alegando que a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Federal estariam realizando operações e nas estradas, dificultando o transporte dos eleitores durante o segundo turno das eleições.

 

Após a denúncia, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, presidente do TSE determinou que o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques interrompesse imediatamente as operações, e intimou o agente para dar explicações sobre as operações realizadas. 

 

Ontem, no sábado, dia 29 de outubro, o presidente do TSE já havia determinado a suspensão de operações envolvendo o transporte público para os eleitores. Ainda no sábado, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, também pediu explicações da PRF sobre eventuais operações policiais. 

 

Segundo relatos nas redes sociais, foram realizados bloqueios e blitz, em especial, em regiões do Nordeste.

 

Explicações

 

Após a reunião com o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, em entrevista coletiva, o ministro Alexandre de Moraes afirmou que todas as operações policiais, que ocorreram com base no Código de Trânsito Brasileiro, foram suspensas.

 

“Foi determinado a Polícia Rodoviária Federal que não fizesse operações que prejudicassem o transporte público dos eleitores. O diretor da PRF editou uma ordem de serviço dizendo que, no que não fosse conflitante com a decisão, as operações com base no Código de Trânsito Brasileiro. As operações realizadas, segundo o diretor da PRF, foram realizadas com base no Código de Trânsito Brasileiro, ou seja, ônibus com pneu careca, com farol quebrado ou sem condições de rodar, eram abordados e feita a autuação. Isso, em alguns casos, retardou a chegada dos eleitores, mas em nenhum caso, impediu os eleitores de chegarem a suas sessões eleitorais”, explicou Moraes.

 

“Esses ônibus, em nenhum momento, retornaram. Ou seja, eles prosseguiram até o destino final e os eleitores que estavam sendo transportados, votaram. A partir da reunião, foi determinado que todas as operações cessassem inclusive com base no Código de Trânsito Brasileiro, para que não ocorresse nenhum prejuízo. Importante salientar que não houve, nas operações, retorno à origem dos eleitores. Os eleitores prosseguiram até sua sessão eleitoral e votaram”, completou o ministro e presidente do TSE. 


Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom / Agência Brasil

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