MP investiga vereador eleito em Ribeirão, que diz ser vítima de perseguição
MP investiga vereador eleito em Ribeirão, que diz ser vítima de perseguição

MP investiga vereador eleito em Ribeirão, que diz ser vítima de perseguição

Ministério Público analisa se Lincoln Fernandes (PDT) seria funcionário fantasma na Alesp; vereador eleito contesta e afirma sofrer perseguição política

O Ministério Público Estadual (MPE) investiga o vereador eleito em Ribeirão Preto Lincoln Fernandes (PDT), que é jornalista, por supostamente ter sido funcionário fantasma na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), em que ele atua como assessor parlamentar do deputado estadual Rafael Silva (PDT). Lincoln foi eleito para a Câmara Municipal com a sétima maior votação - 3.601 votos.

Uma representação do MPE junto à Procuradoria-Geral de Justiça questiona a quantidade de horas de serviço prestado pelo futuro vereador na Assembleia Legislativa, já que ele também apresenta um programa de televisão e outro de rádio em Ribeirão Preto.

Antes mesmo das eleições, do último domingo, 2, a Justiça Eleitoral fez um requerimento às emissoras de televisão e rádio em que Fernandes apresenta seus programas, além da Assembleia Legislativa. No documento enviado diretamente ao presidente da casa, o deputado Fernando Capez (PSDB), que é investigado pela Operação Alba Branca, por supostamente participar de esquema de superfaturamento das verba da merenda das escolas estaduais, é questionado se o vereador eleito é funcionário da casa.

Em vídeo publicado na página pessoal no Facebook, Lincoln afirma que atua no escritório de Rafael Silva em Ribeirão Preto, nos horários de funcionamento da Assembleia Legislativa, para receber as demandas dos eleitores de Silva no município, e que apresenta os programas em horários fora do expediente. “Todos os deputados mantém escritórios em suas cidades para atender os seus eleitores”, recordou Lincoln.

“Já começou a temporada de caça às bruxas. Eu não tenho medo de crítica, até porque sou um jornalista crítico. Eu fui eleito vereador legalmente e de maneira limpa. Desde 2008, eu trabalho no escritório como assessor parlamentar do deputado Rafael Silva, assim como existem tantos outros jornalistas que trabalham como assessores de deputados federais e estaduais”, disse o vereador eleito, que acredita que está sendo perseguido por adversários políticos. Ele ainda afirma que durante a campanha sofreu quatro processos e ganhou.

Cassações de candidaturas

Na última semana, o promotor eleitoral José Vicente Pinto Ferreira ajuizou Ações de Investigação Judicial Eleitoral (AIJEs), com pedido de cassação de registro de oito candidatos que concorreram nas eleições de 2 de outubro, como os dois candidatos a prefeito – Duarte Nogueira (PSDB) e Ricardo Silva (PDT) –, os dois vices – Carlos Cezar Barbosa (PPS) e Guilherme Feitosa (PMDB) –, além de quatro candidaturas para a Câmara, entre elas de Lincoln, além de Maurício Gasparini (PSDB), que foi reeleito, e de Maurílio Romano (PP) e Walter Gomes (PTB), que seguem sendo investigadas.

Além disso, o promotor também analisa um requerimento do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), sobre a cassação das candidaturas dos vereadores investigados pela Operação Sevandija, que ele ainda não ajuizou, por ser um documento “muito extenso”.


Foto: Arquivo Revide

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