Neste ano, doações de campanha diminuíram 5 vezes em Ribeirão Preto
Os candidatos que mais receberam dinheiro para a campanha são os que foram ao segundo turno: Duarte Nogueira, com cerca de R$ 1 milhão, e Ricardo Silva, com R$ 455 mil
Levantamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), divulgado nesta semana, aponta que os 496.896 candidatos a prefeito e vereador das eleições 2016 no Brasil arrecadaram até agora R$ 2,5 bilhões. O valor representa uma queda de 48% do total recebido pelos candidatos nas eleições 2012, que foi de R$ 5,3 bilhões.
Em Ribeirão Preto, apenas entre os nove candidatos a prefeitura – sendo que dois continuaram na disputa para o segundo turno – o valor arrecadado referente às doações de campanha foi de R$ 1,9 milhão. Nas eleições municipais passadas, o montante arrecadado pelos seis pretendentes ao Palácio Rio Branco foi de R$ 9,5 milhões, cinco vezes a mais do que neste ano – em ambos casos, os valores das despesas são similares.
O candidato que apresentou a maior arrecadação foi Duarte Nogueira (PSDB), que informou ter recebido R$ 1,059 milhão em doações, porém gastou mais do que o que recebeu, com despesas de R$ 1,261 milhão. Seu adversário no segundo turno, Ricardo Silva (PDT), foi o segundo que recebeu mais dinheiro para a disputa eleitoral, e apontou ter arrecadado R$ 455,9 mil em doações, tendo gastado R$ 376,3 mil.
Nas eleições de 2012, o tucano, que perdeu no segundo turno para Dárcy Vera (PSD), também havia sido quem mais arrecadou com doações, cerca de R$ 3,741 milhões. João Gandini, então no PT, e terceiro na disputa deste ano, apontou doações no valor de R$ 3,294 milhões. Já a vencedora do pleito há quatro anos, a prefeita Dárcy Vera, apontou ter recebido R$ 2,427 milhões de doação para campanha eleitoral, apenas a terceira maior arrecadação, na ocasião.
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Já entre os vereadores eleitos no município, a arrecadação foi de R$ 755,1 mil em doações, enquanto as despesas foram de R$ 489 mil. Pela legislação eleitoral, o limite de gastos para campanha de vereador nas eleições deste ano foi de R$ 183,1 mil. Já para os candidatos a prefeito, o limite de arrecadação no primeiro turno foi de R$ 2,5 milhões, com acréscimos de R$ 750,7 mil para aqueles que foram para o segundo turno.
Após o primeiro turno das eleições, o presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, explicou que a redução nas doações pode estar relacionada à Reforma Eleitoral 2015 aprovada pelo Congresso Nacional, que diminuiu o período de campanha de 90 dias para 45 dias, o que também influenciou no limite de gastos de cada candidato.
Foto: Arquivo Revide
