No Palácio Rio Branco, o clima é de tensão nos últimos dias de governo
No Palácio Rio Branco, o clima é de tensão nos últimos dias de governo

No Palácio Rio Branco, o clima é de tensão nos últimos dias de governo

Com pressão de greve e manifestações de moradores, remanescentes afirmam que últimos dias têm sido de desgaste intenso

Enquanto mães protestam pelo retorno do transporte para cadeirantes, servidores municipais ameaçam greve sem o pagamento da primeira parcela do 13º salário e outros fornecedores da prefeitura indicam que o município está devendo, o clima de quem trabalha no Palácio Rio Branco, sede da prefeitura de Ribeirão Preto, é de tensão.

Desde que a prefeita Dárcy Vera (PSD) foi presa preventivamente no último dia 2 de dezembro, funcionários que ainda atuam na prefeitura tentando manter em funcionamento os serviços públicos, mesmo que em menor oferta, dizem que os últimos dias têm se tratado de um “grande exercício de discernimento”, e que por isso, o desgaste é grande.

Esses funcionários chegam a afirmar que há uma crise de confiança instalada no Palácio Rio Branco, em razão de faltar menos de 20 dias para deixar ‘menos pior’ a gestão para o próximo prefeito, Duarte Nogueira (PSDB), eleito no segundo turno das eleições municipais, em 2016.

Para isso, eles afirmam que ainda contam com pessoas que estão tentando manter a administração do município com o desfalque do poder executivo, já que Dárcy está afastada do mandato, o então vice-prefeito Marinho Sampaio (PMDB) renunciou, e a 1ª secretária da mesa da Câmara Municipal, Gláucia Berenice (PSDB), não sabe se deve tomar o comando, já que preside a casa interinamente, em razão do afastamento do presidente Walter Gomes (PTB) pela justiça. Atualmente, quem responde por questões administrativas do município é secretário de Governo, Marcus Berzoti, de acordo com a Lei Orgânica do Município.

“O clima é tenso, sindicância aberta, desconfiança, tem que confiar em pessoas que te dão papéis para assinar. E a todo o momento tem que fazer a leitura do pensamento alheio”, diz uma pessoa que trabalha no Palácio, que diz confiar em alguns nomes indicados para o gabinete do Nogueira para consertar a situação do município.

O município, que foi inquirido pela justiça para realizar o pagamento da primeira parcela do 13º dos servidores, recorreu da decisão, afirmando que não tem caixa para realizar o pagamento, e nem para pagar a multa de R$ 100 mil por dia, imposta pela justiça, caso descumpra a ordem, que vence nesta terça-feira, 13.

Além disso, os servidores programaram uma greve que afetaria todos os serviços a partir de quinta-feira, 15. Já sobre a falta de pagamentos aos fornecedores e prestadores de serviço, a administração municipal informa que trabalha e busca viabilizar os pagamentos aos fornecedores, que obedecem a ordem cronológica.


Foto: Arquivo Revide

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