Novo protesto contra Lula e Dilma em Ribeirão Preto

Novo protesto contra Lula e Dilma em Ribeirão Preto

Aproximadamente 150 manifestantes se reuniram no cruzamento das avenidas Presidente Vargas e João Fiúsa, nesta quinta-feira

Mais uma vez, manifestantes se reuniram no cruzamento das avenidas Presidente Vargas e João Fiúsa, nesta quinta-feira, 17, em Ribeirão Preto, para pedir a renúncia da presidente Dilma Rousseff (PT), por ter nomeado o ex-presidente Lula como ministro chefe da Casa Civil.

Cerca de 150 manifestantes participaram do protesto no início da noite desta quinta, o que frustrou organizadores, que esperavam um número maior do que o registrado na quarta-feira, 16, que se aproximou de 300 pessoas, de acordo com a Polícia Militar (PM).

Os organizadores culparam a leve chuva que atingiu a cidade em alguns momentos como um dos motivos que afastou as pessoas. Mesmo assim, a Transerp fechou um trecho do cruzamento, o que causou um leve congestionamento na Avenida Presidente Vargas, desde a rotatória da José Adolfo Bianco Molina até a João Fiúsa.

Um carro de som animava os manifestantes tocando músicas de protesto, que pediam a renúncia de Dilma Rousseff, além disso, todos motoristas que passavam pelo local buzinavam para fazer ainda mais barulho.

O exportador Rafael Pereira, trajado de verde, não da bandeira brasileira, mas sim do Palmeiras, disse que a manifestação dessa quinta serviu para comemorar a suspensão da posse de Lula, pedida pelo juiz Itagiba Catta Preta Neto. A decisão foi derrubada no início da noite.

“Desde que me entendo por gente, nunca vi a justiça ser feita como vi hoje. O Lula está na parada há muito tempo, e só agora que ele esta sendo investigado, a Dilma resolveu por ele no ministério”, apontou o jovem de 26 anos de idade.

Comércio vai mal até no protesto

Além dos organizadores, quem não gostou muito do movimento da manifestação desta quinta foram os ambulantes, que vendiam água, refrigerantes e bandeiras aos manifestantes. Eliane Martins, que resolveu vender bebidas no protesto para conseguir complementar o orçamento, disse que é a favor da manifestação.

“O povo que colocou eles lá, então o povo tem todo o direito de pedir que eles saiam”, afirmou Eliane, que além das bebidas, ela tinha capas de chuva à disposição dos manifestantes.

Outra ambulante que resolver ir à manifestação foi Simone Guailiti, que viu a crise bater fortemente em casa, e por recomendação de colegas, que trabalham em outros protestos, resolveu ir nesta quinta, porém, depois de algumas horas de protesto, as vendas não iam bem.

“Aqui eu consigo vender um pouco, me ajuda, mas hoje tem esse tempo de chuva, então não está bom para vender bebida. Hoje vi a passeata no Facebook e vim também, todo dia que tiver passeata eu vou ter que vir”, conta Simone.

Mas nem todos foram à manifestação para trabalhar. A manifestação foi ao local de trabalho. Esse é o caso do malabarista Leonce Félix, que todos os dias, há 12 anos, apresenta-se no local.

“É uma boa isso aí. Se esse governo continuar vamos continuar no trabalho. Estou muito orgulhoso da manifestação estar aí, no meu trabalho, para tirar esses políticos”, destacou o malabarista.

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