Odebrecht: Duarte Nogueira tem nome citado em delação
Odebrecht: Duarte Nogueira tem nome citado em delação

Odebrecht: Duarte Nogueira tem nome citado em delação

De acordo com ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht, a empreiteira repassou R$ 650 mil em 2010 e 2014 para campanhas do prefeito eleito de Ribeirão Preto

Além do presidente da República Michel Temer (PMDB), o deputado federal e prefeito eleito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira (PSDB) também teve seu nome citado na delação premiada do ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht, Cláudio Melo Filho.

De acordo com Melo, a empreiteira repassou R$ 650 mil em 2010 e 2014 para campanhas do deputado federal, apelidado de “Corredor”, sendo que foram realizados dois pagamentos nos valores de R$ 300 mil e um de R$ 50 mil em agosto de 2010 e em setembro do mesmo ano, e mais R$ 300 mil quatro anos depois.

A informação completa foi divulgada no blog do jornalista Fausto Macedo, do jornal O Estado de S. Paulo.

Em nota, Duarte Nogueira diz que todas as doações recebidas em suas campanhas foram declaradas e aprovadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). " As especulações são prematuras e em torno de delações ainda não homologadas as  informações dependem de comprovação", informa a nota.

Além disso, tendo sido líder da Oposição e crítico aos governos do PT, o tucano afirma não haver nenhum fundamento nas acusações de que teria recebido doações para defender interesses de empresas junto a estatais como a Petrobrás e a órgãos da administração federal, segundo o comunicado. 

"No ano de 2008, apontado pelo delator como a data de reuniões para discutir assuntos relativos a usinas de energia, Nogueira não fazia parte – como titular ou suplente – da Comissão de Minas e Energia e, como parlamentar, nem tinha competência para interferir em qualquer processo licitatório", diz a nota enviada pela assessoria de imprensa do prefeito eleito. 

Nogueira conclui que sempre foi favorável às investigações e que votou pela aprovação do pacote de medidas contra a corrupção, que prevê, entre outros pontos, a criminalização do caixa 2.

Delação premiada

Os acordos da delação premiada ainda não foram comprovados, pois precisarão ser homologados pelo ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal. Após o procedimento, o fato terá investigações formais, além de futuros processos.


Foto: Pedro Gomes

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