Para integrantes do MBL, fake news são simples de serem desmistificadas
Candidatos nas eleições de 2018, Arhur e Kim conversaram com a reportagem

Para integrantes do MBL, fake news são simples de serem desmistificadas

Em visita à Revide, Kim Kataguiri e Arthur Do Val comentaram remoção de páginas do Movimento Brasil Livre na internet

Um mês após terem tido diversas páginas na internet ligadas ao movimento excluídas do Facebook, integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL) acreditam que as fake news são muito mais simples de serem resolvidas do que aparentam ser. Dois dos líderes do grupo, Kim Kataguiri, e Arthur do Val, candidatos a deputado federal e deputado estadual, respectivamente, visitaram a redação da Revide e conversaram com a reportagem.

Do Val, criador do Canal Mamãe Falei, no Youtube, reclama da quebra de contrato da rede social com os usuários. “Todas as páginas que caíram têm viés de direita, então isso é claramente uma censura a um determinado tipo de pensamento político, o que quebra um contrato, fere o princípio liberal. Não é ninguém aqui querendo mandar em uma instituição privada. São os liberais querendo que o contrato seja cumprido, como deve ser em um país sério”, declara.

O ponto de vista taxativo faz parte do repertório do youtuber, que afirma que, da mesma forma que a internet propaga de uma maneira rápida as notícias falsas, ela tem o poder de desmitificar os boatos com a mesma velocidade. “As fake news sempre existiram. Os meios de comunicação estão mais ágeis”, pontua.

Na primeira experiência política partidária, ambos afirmam que não imaginavam, há quatro anos, estarem disputando um pleito eleitoral. “Jamais esperaria estar em uma campanha eleitoral. Tanto que a ideia era traduzir os conceitos liberais de direita e fazer com que elas fossem mais palatáveis”, diz Kataguiri, que acredita que o grupo conseguiu ocupar um espaço que antes era destinado aos movimentos de esquerda.

Candidato a deputado federal, Kataguiri aponta que suas ideias estão baseadas na economia e na segurança pública, como a proposta de acabar com a progressão de regime e com as saídas temporárias de detentos em datas comemorativas, como a saída de fim de ano dos presos, por exemplo.

Na economia, ele defende mais liberdade para quem deseja empreender. “O jovem brasileiro é mais empreendedor que o jovem americano, com a diferença de que o jovem americano tem um ambiente mais favorável”, comenta.

Já Do Val, candidato a deputado estadual, pauta sua campanha na austeridade fiscal dos gastos públicos, inversão da pirâmide de investimentos da educação e ações de fortalecimento da Polícia Militar e do movimento “Escola Sem Partido”. “Independente da popularidade das reformas, nós pretendemos levar isso para frente com unhas e dentes”, completa.


Fotos: Julio Sian

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