Para ministro da Defesa, agropecuária ‘carrega o Brasil’

Para ministro da Defesa, agropecuária ‘carrega o Brasil’

Afirmações foram feitas durante a abertura da 23ª edição da Agrishow; organizadores da feira demonstraram otimismo comedido

O ministro da Defesa, Aldo Rebelo, elogiou a força da agricultura e a pecuária na economia do País e afirmou que o setor é o único superavitário na balança comercial, com exceção da indústria aeronáutica. E que a produtividade que levou à redução de preços levou à democratização dos alimentos, da mesa do brasileiro. As afirmações foram feitas em discurso durante a abertura da 23ª Agrishow, na manhã desta segunda-feira, 25.

“A agricultura e a pecuária foram responsáveis por uma democratização muitas vezes não alcançadas pelos especialistas ou pelos cientistas políticos, que percebem mais a democracia das urnas, a democracia do voto, mas nem sempre percebem a democracia da mesa. A democracia do prato. Ao reduzir o preço da cesta básica e dos alimentos a uma escala que tornou acessível o grão e a proteína à mesa dos pobres, a agricultura e a pecuária ajudaram a democratizar verdadeiramente a sociedade brasileira”, afirmou.

Rebelo ainda enfatizou que os dois setores contribuem para a geração mais dinâmica de empregos, na economia do Brasil. “Nesses dias difíceis, são esses setores quem respondem e carregam nas costas o Brasil. Apesar do cenário atual, o mais difícil foi feito lá atrás com os primeiros passos na plantação das sementes e na criação do gado. Foi complicado iniciar uma indústria de máquinas. Esses foram os períodos mais difíceis. As dificuldades de hoje, podemos superar, com o mesmo espirito, consciência e persistência”, comentou.

Otimismo comedido

Os organizadores e promotores da Agrishow 2016 demonstraram certo otimismo em relação às perspectivas de negócios durante a edição deste ano, em função da manutenção das condições gerais de financiamento e também da consolidação do agronegócio como principal sustentáculo da estabilidade econômica do País.

“O expressivo ganho de produtividade conseguido ao longo dos anos pela agricultura brasileira tem permitido gerar emprego e prover alimentos para os 204 milhões de brasileiros, além de garantir as exportações”, afirmou o presidente da Agrishow, Fábio Meirelles.

Na mesma linha otimista, o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Carlos Pastoriza afirmou que o Plano Safra 2016/17 está “tecnicamente” bem encaminhado. “Só falta a chancela do governo”, ponderou. Também o vice-presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Francisco Matturro, disse estar tranquilo em relação aos recursos do atual Plano Safra.

“Não há nenhum problema em relação a financiamentos. Temos recursos em todas as linhas voltadas para o agronegócio. O mais importante é que todos os recursos estão com taxas na faixa de 7,5% que é bastante competitivo, quando comparada com as do restante do mercado. Agora é a hora de comprar. Essa Agrishow pode ser uma feira de grande sucesso por causa das linhas de acesso a crédito”, afirmou Matturro.

Nesse sentido, o presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Gustavo Junqueira, é outra liderança que não acredita em alterações significativas para a agricultura em função da conjuntura política. “A Agrishow tem mostrado ao longo das suas edições que o agronegócio hoje no Brasil é maior do que os governos. Trata-se de uma atividade econômica, atrelado a um sistema social que, cada vez mais, vai se consolida como uma atividade que tem sido aperfeiçoada por todos os governos”, concluiu Junqueira.

Fotos: Ibraim Leão

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