Para presidente do TJ/SP, juízes suprem omissão de políticos
Paulo Dimas Mascaretti participou de inauguração de museu no Deecrim, em Ribeirão Preto
Para o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ/SP), Paulo Dimas Mascaretti, a explicação para o protagonismo do poder judiciário na crise política que o País passa é a omissão dos políticos com relação à população e, por isso, juízes, como Sérgio Moro, e os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) se tornam figuras de grande relevância pública.
Mascaretti aponta que o judiciário tem estrutura para suprir as demandas da população, que necessita de um amparo nesses momentos de crise, porém ele afirma que esse poder vem ganhando atenção já há alguns anos.
“São fases na história do País, e essa solicitação é maior agora, porque por vezes, o poder público se omite, e aí o judiciário tem que atuar com mais veemência interpretando as leis e a constituição, para atender o cidadão. É um momento importante que o judiciário tem que se firmar como instituição e se mostrar próximo do cidadão”, declarou.
O presidente do TJ/SP esteve na sexta-feira, 15, em Ribeirão Preto, para inauguração da sede regional do Museu do TJ/SP, no prédio do Departamento Estadual de Execução Criminal (Deecrim).
“Esse modelo adotado no Deecrim visa resgatar valores, dos quais estamos carentes. Isso gera falta de estímulo e esperança, o que pode afetar o futuro do País. Precisamos criar caminhos para gerar esperança”, disse Mascaretti.
O presidente da subsecção da Ordem dos Advogados do Brasil, em Ribeirão Preto, Domingos Stocco, aponta para se alcançar esse estímulo é preciso que seja intensificada a chamada justiça cordial, já que os advogados devem fazer esse elo com os juízes.
“A advocacia forte passa por um judiciário muito fortalecido. Afinal, é um poder da República. Todos saem muito fortalecidos. E com isso a sociedade sai fortalecida”, destaca Stocco.
Foto: Luiz Carlos Cervi
