Para vereador, não envio de defesa de Dárcy é sinal de desrespeito com vereadores
Para vereador, não envio de defesa de Dárcy é sinal de desrespeito com vereadores

Para vereador, não envio de defesa de Dárcy é sinal de desrespeito com vereadores

Sessão extraordinária da Câmara Municipal nesta sexta, 17, decidiu por tornar Dárcy inelegível; defesa aponta que processo não tinha fundamento devido ao término do mandato

A falta de envio de defesa por parte da ex-prefeita Dárcy Vera na sessão extraordinária da Câmara Municipal que definiu a cassação de seus direitos políticos, nesta sexta-feira, 17, é apontada pelo vereador Marcos Papa (Rede), o autor do relatório que pediu a inegibilidade, como mais um exemplo de falta de respeito de Dárcy com o poder Legislativo.

Papa argumenta que a ex-prefeita nunca respeitou a Câmara Municipal quando era contrariada em seus objetivos, e que a única relação com os vereadores eram por forma de aliciamento, como denunciou o relatório votado na sessão.

“Ela preferiu defender-se apenas no judiciário. Uma escolha dela, nós demos a oportunidade de ampla defesa, mas ela escolheu mais uma vez ignorar o legislativo quando contrariada em seus interesses”, afirmou o vereador, que disse a votação teve um papel pedagógico para que a população entenda que a Câmara não seria mais um reduto de negociações escusas.

“É um poder independente, que fiscaliza o Executivo e dá uma lição aos futuros prefeitos de Ribeirão Preto”, concluiu.

O presidente da Câmara Municipal, Rodrigo Simões (PDT), que presidiu a sessão, acredita que ela foi histórica, por ter passado a limpo os problemas enfrentados anteriormente. “Os 27 vereadores dessa legislatura entram para a história por iniciar o processo de moralização da cidade de Ribeirão Preto”, afirmou.

A defesa de Dárcy Vera desde a reabertura da comissão processante, no início de fevereiro, sempre questionou a funcionalidade dela, já que o objeto final dela, o mandato já estava extinto com o seu término. Tanto, que Dárcy ajuizou um mandado de segurança pedindo o arquivamento da comissão.

Agora, a justiça eleitoral deve entrar em cena para tomar as medidas cabíveis para reconhecer a votação e tornar registrada a cassação dos direitos políticos de Dárcy.

O autor do pedido de cassação de Dárcy, o cientista político Igor Lourençato, acredita que a votação foi um símbolo para que o município possa resgatar os valores. “Eu sou um cidadão comum, e isso mostra que todos os cidadãos devem bater na porta da Câmara para fazer valer os seus direitos e, ao encontrar algo de errado, entrar com medidas judiciais e administrativas, como essa, para questionar”, comentou ao término da sessão.


Foto: Pedro Gomes

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