Pareceres de casos envolvendo os vereadores Isaac Antunes e Marmita devem sair em 60 dias
Conselho de Ética da Câmara de Ribeirão Preto analisa denúncias contra os parlamentares
O Conselho de Ética da Câmara Municipal de Ribeirão Preto recebeu as representações propostas pelo Ministério Público de São Paulo contra os vereadores Adauto Marmita e Isaac Antunes, ambos do PR, nessa quinta-feira, 8. O Conselho tem o prazo de 60 dias para apresentar o parecer.
Ficou definido, por meio de sorteio, que André Trindade (DEM) será o relator do caso envolvendo o Marmita e Marinho Sampaio (MDB) se responsabilizará pelo caso de Isaac Antunes.
“Acabamos de receber a documentação. No temos que dizer nada sobre o processo, porque senão seria mero achismo. Agora vamos obedecer ao regulamento, ouvir a defesas, analisar os documentos e se possível fazer outras oitivas”, declaram os dois relatores.
Após os processos de ambos os casos serem analisados pelos responsáveis, os vereadores investigados serão notificados e terão o prazo de 10 dias para entregar a defesa. O parecer deve ser concluído em 60 dias.
Após a reunião do Conselho de Ética, o vereador Otoniel Lima (PRB), presidente do conselho, afirmou que os parlamentares têm de estar preparados para apuração do caso, por fazer parte do “trâmite democrático para a política”. “Quem quer caminhar na vida pública tem que saber como trilhar esse caminho, pois não é tão fácil quanto as pessoas pensam”, declarou.
Os casos
Antunes é acusado pelo MP de se beneficiar eleitoralmente por meio de um projeto que aplicava golpes em pessoas que procuravam uma associação para limpar o nome em cadastros de proteção de crédito.
O caso é investigado pela Operação Têmis, do MP e da Polícia Civil, em que o parlamentar não foi indiciado. Também foi feito um pedido para que o vereador fosse investigado pelo Tribunal Regional Eleitoral. Nessa quinta, ele esteve na sede da Polícia Federal, em Ribeirão Preto, prestando depoimento sobre o caso.
Já Marmita é acusado pelo MP de organizar festas sem a autorização da prefeitura, que terminaram em confronto com a Polícia Militar. O vereador diz que compareceu ao local da confusão apenas a pedido dos moradores para tentar contornar a situação.
Foto: Leonardo Santos