Partido comete erro ao registrar vereador Marcos Papa de Ribeirão Preto como pardo
Vereador aguarda o partido se manifestar sobre o erro

Partido comete erro ao registrar vereador Marcos Papa de Ribeirão Preto como pardo

Segundo Marcos Papa, dois erros foram cometidos em seu registro de candidatura para deputado federal

Ao realizar o registro de candidatura para deputado federal, o partido Podemos, do atual vereador de Ribeirão Preto, Marcos Papa, cometeu dois erros o colocando como pardo e, também, errando o número de seu RG.

 

“O partido, ao registrar minha candidatura cometeu dois erros, uma na questão racial e outra no número do RG. Eu já pedi que eles corrigissem e explicassem como esse erro ocorreu. Estou aguardando a manifestação deles”, declara.

 

Em eleições passadas, Papa era registrado como branco. Porém, neste ano, ocorreu essa troca na informação.

 

Segundo ele, a questão do RG implicou em algumas dificuldades para a retirada de documentos no cartório devido ao erro na numeração. No entanto, o equívoco da cor, implica questões maiores.

 

Em nota, o partido esclareceu que a informação registrada pelo partido sobre o candidato não tem relação com sua classificação étnica. 

 

Leia a nota na íntegra: 

 

Tenho à esclarecer, no tocante à classificação étnica do candidato Marcos Papa, que a Executiva Estadual do Partido realizou o registro público de sua candidatura perante o Tribunal Regional Eleitoral. Por ocasião do requerimento de registro de sua candidatura, o candidato foi classificado com: “cor/raça parda”. A miscigenação étnica detectada no caso, impõe o registro da forma como o feito. Insta esclarecer, por fim, que o valor repassado pelo partido ao candidato não tem relação com sua classificação étnica.

 

Candidatos pretos e pardos

 

Em matéria publicada no site da Câmara dos Deputados, o número de candidatos pretos e pardos aumentou em 2022. Entre as candidaturas femininas e masculinas, serão 4.886, ou 47% dos quase 10,3 mil postulantes. Em 2018, foram 3.586, ou 42% de 8,6 mil.

 

Além disso, dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de agosto indicaram o registro de 1.424 candidaturas pretas e 3.462 pardas, conforme os quesitos autodeclarados. Há quatro anos, foram, respectivamente, 937 e 2.649.

 

Neste ano, a Emenda Constitucional 111 estabeleceu incentivos para a eleição de candidatos negros, além de candidatas mulheres. Os votos nessas candidaturas contarão em dobro para a distribuição de verbas públicas nos próximos anos.

 

“Para fins de distribuição entre os partidos dos recursos do Fundo Partidário e do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), votos dados a candidatas mulheres ou a candidatos negros para a Câmara dos Deputados nas eleições realizadas de 2022 a 2030 serão contados em dobro”, diz agora a Constituição.

 

Embora a emenda constitucional adote a expressão “negros”, a Justiça Eleitoral usa a mesma classificação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para autodeclaração de “cor ou raça”: branca, amarela, indígena, parda ou preta.

 

Fonte: Agência Câmara de Notícias


Foto: Reprodução/ Divulgacand

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