Plataformas da catedral tinham projetos que prejudicariam também a visibilidade

Plataformas da catedral tinham projetos que prejudicariam também a visibilidade

Segundo arquiteto que participou de comissão, projeto original era parecido com o do terminal urbano da Jerônimo Gonçalves

A construção das plataformas de embarque e desembarque no entorno da Catedral Metropolitana seriam fechadas, com banheiros, fraldários e salas, a exemplo do terminal construído na avenida Jerônimo Gonçalves. A informação é do arquiteto Valério Diass, diretor da Secretaria de Planejamento e Gestão Pública (Seplan), em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os motivos da insistência da Prefeitura Municipal em realizar obras que prejudicam o patrimônio histórico. O projeto foi modificado ao logo das discussões.

Presidida pelo vereador Rodrigo Simões (PDT) A CPI ouviu nesta quinta-feira, 20, também o secretário de Planejamento, Fernando Piccolo, sobre a escolha dos locais para a construção das plataformas. Piccolo informou que não poderia falar a respeito porque a definição partiu de uma grande comissão, que teve a participação de Valério Diass.

“Fizemos 14 grandes reuniões e muito do projeto foi modificado. Da forma como foi apresentado originalmente, o projeto prejudicaria a visibilidade da praça e da igreja. Da forma como será construído com painéis de vidro, a visibilidade será menos prejudicada”, afirmou Valério.

Também convocado, o diretor superintendente da Transerp, William Latuf, justificou sua ausência com a afirmação de que um dos diretores que poderiam responder pela empresa, engenheiro Reinaldo Lapate, está em férias até o próximo dia 26, mas que tanto ele quanto José Mauro Araújo estão à disposição da CPI para futuras convocações.

Rodrigo Simões requisitou o interior teor do processo que foi enviado ao Condephaat e recebeu a informação de que receberá todas as informações disponíveis na Seplan.

Clima quente

No final reunião o clima ficou um pouco mais pesado, quando os vereadores Rodrigo Simões e Maurício Gasparini (PSDB) criticaram duramente o governo municipal. Simões comentou que o governo já está morto e que “só falta fechar o caixão”. Fernando Piccolo rebateu que “o governo acabou dos dois lados, Executivo e Legislativo”.

O presidente da CPI disse que na Câmara não acabou e que o poder está buscando se recompor. “Algumas partes do governo estão ruins, mas o Planejamento está bom e funcionando corretamente”, assegurou o secretário.


Foto: Guto Silveira

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