Presidente da Coaf envolve Duarte Nogueira em acusação

Presidente da Coaf envolve Duarte Nogueira em acusação

Secretário estadual rebate denúncia de recebimento de propina e garante não conhecer o presidente e nem a cooperativa

O presidente da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf), Cássio Chebabi,  – que enfrenta investigação sob acusação de pagamento de propina a agentes políticos – incluiu entre os suspeitos de recebimento de recursos financeiros o deputado federal e secretário de Estado de Logística e Transporte Duarte Nogueira (PSDB).

O político de Ribeirão Preto é citado por ter sido secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento. De acordo com o executivo, investigado na operação Alba Branca, o secretário receberia benefício de 10% sobre valores contratados pela Secretaria Estadual da Educação. Um dos contratos, segundo o denunciante, teria sido assinado no ano passado, com valor de R$ 13 milhões.

A Cooperativa é investigada porque pagaria propina a agentes políticos para receber favorecimento em vendas de alimentos para a merenda escolar de 22 cidades. Seis pessoas chegaram a ser presas, mas foram liberadas após acordo com o Ministério Público para colaborar com as investigações. O próprio Chebabi teve prisão cautelar decretada.

Nogueira nega

Em nota, o secretário Duarte Nogueira nega qualquer envolvimento. “Em relação à citação de meu nome na Operação Alba Branca, minha reação é de indignação e estarrecimento. A acusação é absolutamente irresponsável e leviana. Não conheço Coaf, não conheço Cássio Chebabi e não conheço nenhum gestor dessa cooperativa”, registra a nota.

Para Nogueira, a acusação tem como objetivo desviar as investigações de seu rumo. “Diante dessa circunstância, minha avaliação é que a menção ao meu nome visa apenas a atrapalhar as investigações, envolvendo pessoas sérias de maneira aleatória para, no fim das contas, criar confusão”.

O tucano, que já presidiu o partido em São Paulo, também disse que pode interpelar o autor da denúncia. “Por fim, devo dizer que já estou avaliando uma interpelação judicial por calúnia e difamação contra a pessoa que fez a citação. Em 20 anos de vida pública, jamais tive qualquer tipo de acusação. Tenho um nome a zelar e responsabilidade pelo que faço”.

Foto: Arquivo Revide

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