Presidente interina, Viviane Alexandre permite PM nas sessões da Câmara
Presidente interina, Viviane Alexandre permite PM nas sessões da Câmara

Presidente interina, Viviane Alexandre permite PM nas sessões da Câmara

Vereadora, que preside interinamente a casa, alega que é um dever, por ser “responsável pelas vidas ali presentes”

Responsável por presidir as sessões na Câmara Municipal enquanto o presidente da casa, Walter Gomes (PTB) está com o mandato de vereador suspenso por ser investigado pela Operação Sevandija, da Polícia Federal e pelo Ministério Público Estadual, por suspeita de venda de apoio parlamentar, a 1ª secretária da Câmara, Viviane Alexandre (PSC), autorizou a presença da Polícia Militar nas sessões.

Viviane alega que é preciso “garantir a integridade física de cidadãos que pacificamente se manifestam e funcionários do legislativo”. Na sessão da última terça-feira, 6, no qual manifestantes foram protestar contra os nove vereadores suspeitos de participarem do esquema de venda de apoio de matérias que beneficiariam a Prefeitura de Ribeirão Preto, em troca de indicações de funcionários para atuarem em empresas terceirizadas que prestam serviços a prefeitura, dezenas de policiais militares fizeram uma barricada na porta do prédio, e a entrada no local era controlada.

“Diante do atual momento político do Brasil e de nossa cidade, como presidente interina da Câmara Municipal de Ribeirão Preto e responsável pelas vidas ali presentes, a fim de garantir a integridade física de cidadãos que pacificamente se manifestam e funcionários do legislativo, autorizei o apoio da Polícia Militar do Estado de São Paulo nas sessões legislativas. A presença da polícia não é obstáculo para manifestações pacíficas, pelo contrário, é a garantia de que pessoas má intencionadas que se infiltram no meio do manifesto, não o torne violento e com atos de vandalismo, colocando em risco a vida dos cidadãos de bem”, afirmou a vereadora em publicação no Facebook.

A estudante Sara Queiroz, que na última terça-feira, esteve na Câmara para protestar contra os investigados, acredita que a medida demonstra o quanto os vereadores estão distantes da demanda dos moradores.

“Creio que esse ato da vereadora só mostra o quanto a Câmara de Ribeirão Preto não representa a população, considerando que na terça-feira estive na câmara municipal, junto com meu coletivo, e a impressão que os vereadores passaram é de que não estavam nem ai pra gente”, ela aponta que isso também significa uma intimidação dos moradores que frequentam a Câmara.

Os movimentos prometeram que nesta quinta-feira vão protocolar um pedido de cassação de mandato coletivo dos nove vereadores que estão com as funções públicas suspensas pela justiça, suspeitos de participação em fraudes em licitações e tráfico de influência.


Foto: Arquivo Revide/ Ibraim Leão

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