Próximo prefeito de RP deve ganhar R$ 22,6 mil

Próximo prefeito de RP deve ganhar R$ 22,6 mil

Reajuste de 30,57% no subsídio de prefeito, vice e secretários municipais pode ser votado pela Câmara, para corrigir parte de defasagem

O próximo prefeito – ou prefeita - de Ribeirão Preto deve ganhar R$ 22.665,92 de subsídio mensal. A correção pode ser feita caso os vereadores aprovarem um reajuste de 30,57% no valor de R$ 17.359,21 pago desde 2008. O percentual apurado refere-se aos quatro anos do segundo mandato da prefeita Dárcy Vera (PSD), que não teve o subsídio reajustado.

Pela conta de uma minuta de projeto que foi assinado nesta terça-feira pelos vereadores, o percentual é a soma da inflação de janeiro de 2013 a outubro de 2015, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que chegou a 22,13%, somado à projeção de 0,93% em novembro deste ano e 1,02% de dezembro. Para 2016 a projeção é de um índice de 6,5%. As projeções são do Boletim Focus, do Banco Central.

Caso o projeto seja votado e aprovado, o vice-prefeito passará a receber R$ 11.332,95 de subsídio mensal, contra os pouco mais de R$ 8,6 mil de hoje. Já os secretários municipais passariam a ter vencimentos de R$ 8,5 mil, contra os R$ 6,5 mil atuais. O projeto tem grande chance de entrar na pauta de votação, já que recebeu a assinatura da maioria dos vereadores.

Segundo o vereador Cícero Gomes da Silva (PMDB), o projeto pode ser votado porque aplica apenas a correção de quatro anos, quando o valor está “congelado” há oito anos. Genivaldo Gomes (PSD), que também assinou o documento disse que é possível que a aprovação ocorra. Bertinho Scandiuzzi (PSDB) disse que a bancada tucana assinou o anteprojeto, mas disse que isso não significa voto favorável.

Pressão

A aprovação de reajuste nos subsídios do prefeito, vice-prefeito e agentes políticos (secretários municipais) é uma prerrogativa da Câmara Municipal, que deve aprovar os novos valores até dia 31 de junho do ano que vem, em função das eleições de outubro. Os subsídios são pagos mensalmente e não há pagamento de 13º salário. Um dos reajustes aplicados pelos vereadores está em disputa judicial justamente por prever o pagamento do 13º.

A prefeita Dárcy Vera (PSD) tem reafirmado que não quer reajuste de subsídio, mas há uma comissão formada por servidores que recebem o mesmo valor que a chefe do Executivo e que há cerca de um ano pressiona a Câmara para que reajuste o subsídio, porque eles não podem ter correção salarial porque ultrapassariam os R$ 17,3 mil recebidos pela prefeita.

A comissão de servidores já fez várias visitas à Câmara Municipal e ao Palácio Rio Branco na tentativa de conseguir a correção dos subsídios, sem sucesso.

Foto: Arquivo Revide

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