PSDB elege mais prefeitos na região, mas perde terreno; PT some do mapa
Partido da ex-presidente Dilma perdeu quatro prefeituras, já a legenda do governador Alckmin fez dois prefeitos a menos do que em 2012
Na região metropolitana de Ribeirão Preto, que congrega 34 municípios, o PSDB foi o partido que mais elegeu seus candidatos nas eleições municipais deste domingo, 2, para as prefeituras. Mesmo assim, perdeu duas administrações com relação às eleições passadas. A legenda, que também abriga o Governador Geraldo Alckmin, e o futuro prefeito de São Paulo, João Doria, venceu em sete municípios, ante nove em 2012.
Dois dos vitoriosos deste domingo são velhos conhecidos, já que vão para o quarto mandato frente às prefeituras, que é o caso de José Alberto Gimenez, em Sertãozinho, e José Carlos Carrascosa, o Boi, em Cravinhos.
Já o PMDB, partido do presidente Michel Temer, e conhecido pelos cientistas políticos por apostar na força regional, venceu a disputa em cinco cidades, mesmo número do pleito anterior. Já o PSD e o PTB venceram em quatro locais, mesma quantidade de candidatos eleitos há quatro anos. Outro partido que venceu a disputa em quatro prefeituras da região foi o PPS, que na eleição anterior havia conquistado apenas uma.
O PSB venceu em dois municípios, assim como em 2012, e o DEM também ganhou em dois locais. Na última eleição, o partido não conseguiu eleger nenhum prefeito na região, assim como o PR, que venceu em um município.
Enquanto isso, o PT, que em 2012 conquistou quatro prefeituras na região, ficou sem nenhuma neste ano – lembrando que o partido sequer lançou candidato à Prefeitura de Ribeirão Preto, no qual apenas apoiou o comunista Wagner Rodrigues, que conquistou apenas 5.498 votos, o que representa 2,1%.
O professor universitário e sociólogo Wlaumir Souza aponta que o resultado das eleições deste domingo é revelador sobre o avanço do pensamento de direita entre a população, além de salientar a imagem manchada do PT, cujo partido é o que tem mais presos na Operação Lava Jato, embora não seja a sigla com mais investigados.
De acordo com ele, isso fez com que os candidatos se posicionassem mais ao lado das forças políticas ditas de direita, além de acreditar que muitos meios de comunicação “conseguiram, mais uma vez, marcar a esquerda como corrupta e a direita como solução, visto que os casos de possíveis crimes de direita não tiveram o mesmo destaque que os cometidos pelos petistas”, analisou o professor.
Imagem: Walmir Guerra
