Partido Novo solicita checagem do resultado eleitoral em Ribeirão Preto
Com pequena diferença de votos, partido pede revisão para garantir transparência no resultado do município
Na manhã desta quarta-feira, 30 de outubro, o candidato derrotado Marco Aurélio (Novo) reuniu a imprensa para esclarecer sobre a solicitação de revisão da apuração feita pelo partido em Ribeirão Preto.
O empresário obteve 49,87% dos votos, ficando atrás de Ricardo Silva (PSD) por apenas 687 – uma diferença de menos de 1% do total válido. Foi a disputa mais acirrada da história da cidade. A abstenção foi de 179.759 eleitores, o que representa 37,64%.
Segundo Marco Aurélio, não há dúvida quanto ao processo eleitoral, que ele considera democrático, mas, devido à pequena diferença de votos, ele acredita que uma checagem é necessária. “Não estamos fazendo nenhum tipo de conspiração, não acreditamos que tenha nada errado com o resultado, mas fomos questionados pela população sobre a demora na apuração e estamos buscando dar transparência ao processo. O sistema eleitoral existe há anos, e confiamos tanto na Justiça quanto no processo eleitoral, mas acreditamos que a transparência é essencial. É sempre necessário buscar aprimoramento, e, se a própria Justiça Eleitoral disponibiliza os dados para verificação, nada mais justo do que o partido cumprir seu papel de checar e apresentar os dados à população”, afirmou Marco Aurélio.
Ele acrescentou que o pedido à Justiça Eleitoral já foi feito e que, dentro de uma semana, o partido espera concluir a checagem e se pronunciar sobre os dados consolidados.
Análise
o professor de Direito Eleitoral, Luiz Eugênio Scarpino considerou a atitude do partido Novo ‘desnecessária e afrontosa’. “A Justiça Eleitoral já tem clareza a considerar esse tipo de conduta como abusiva e atentatória ao processo democrático. Não existe nenhum elemento objetivo que legitime o candidato a solicitar tal expediente. A auditoria pode ser feita através do controle dos boletins de urna, que são emitidos por cada uma das urnas ao final da votação. Esse tipo de alegação pode demonstrar uma grande irresponsabilidade e desprezo pelo processo democrático, é absolutamente sem precedentes e sem base de sustentação jurídica, um escárnio à própria qualidade do processo democrático. Entendo que não deve ser admitido pela Justiça”, concluiu.