Ricardo Silva pode assumir vaga de deputado federal ainda em 2020
Ricardo Silva é o atual suplente da vaga do deputado Luiz Lauro Filho (PSDB)

Ricardo Silva pode assumir vaga de deputado federal ainda em 2020

"Estou disposto a assumir qualquer desafio que vá beneficiar Ribeirão Preto e a nossa região", declarou

O ex-vereador e potencial candidato à Prefeitura de Ribeirão Preto, Ricardo Silva (PSB), tem chances de assumir o cargo de deputado federal ainda em 2020. Ricardo foi eleito segundo suplente nas eleições de 2018. Após o afastamento do deputado federal Jefferson Campos (PSB) e a mudança de partido de Luiz Lauro Filho (PSDB), o ribeirãopretano tem chances de ser empossado deputado.

"É uma ação do partido que eu vou aguardar. Mas estou disposto a assumir qualquer desafio que vá beneficiar Ribeirão Preto e a nossa região, já que o mandato de deputado federal é muito importante para a região", declarou Ricardo.

A disputa pela vaga teve início no final de 2019, após licenciamento do deputado Jefferson Campos por motivo de saúde. Quem deveria assumir o cargo era o suplente, Luiz Lauro Filho, que foi eleito pelo PSB.

Porém, três dias após a posse como deputado federal, Lauro foi oficialmente anunciado como filiado ao PSDB. Segundo apurado, a manobra teria sido arquitetada pelo grupo que apoia o governador João Doria (PSDB) no parlamento.

Com a vinda de mais um deputado, o grupo teria um voto a mais do que os apoiadores de Aécio Neves (PSDB). Antes de ser empossado pelos tucanos, Lauro foi expulso do diretório municipal do PSB, em Campinas. O suplente é sobrinho do prefeito campineiro, Jonas Donizete (PSB).

"Nesse final de ano eu tive boas notícias, primeiro a volta ao congresso nacional [...], e agora, no novo partido, no PSDB, à convite do nosso presidente, o Marco Vinholi [secretário de Desenvolvimento Regional do Estado] e, também, referendado pelo nosso grande líder, o governador João Doria", declarou Lauro Filho em um vídeo divulgado nas redes sociais.

Para tentar reaver a cadeira, o PSB ingressou com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), alegando infidelidade partidária. O partido cita algumas reportagens de veículos locais que mostram que a expulsão de Lauro do diretório municipal do partido teria sido feita em acordo com o PSDB paulista para proteger o parlamentar de um possível processo de infidelidade partidária.

“Como é evidente, o Requerido [Lauro Filho] não atingiu votos do quociente eleitoral naquele Estado, somente sendo eleito em função dos votos direcionados ao PSB. Ele teve mais de 80% de sua campanha — R$ 1.340.000,00 — financiada com recursos doados pelo Partido Socialista Brasileiro”, declarou o partido no processo.

Com isso, o PSB solicitou uma antecipação dos efeitos da tutela, para que o parlamentar perdesse, imediatamente, o cargo.  Porém, o pedido foi negado pela presidente do TSE, ministra Rosa Weber.

A ministra informou que não é possível antecipar os efeitos da decisão, sem antes dar total direito de defesa ao deputado. A ação seguirá para exame do ministro Edson Fachin.


Foto: Arquivo Revide

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