Secretário culpa crise por atrasos de repasses para Santa Casa
Responsável pela saúde municipal, Stênio Miranda prestou esclarecimentos na Câmara
O secretário municipal da saúde de Ribeirão Preto, Stênio Miranda, foi a Câmara Municipal nesta terça-feira, 6, para prestar esclarecimentos quanto aos atrasos nos repasses para a Santa Casa. O secretário disse na Câmara que os repasses referentes ao mês abril, maio, junho e julho, foram afetados devido a crise fiscal pelo qual o País vem passando, e que por isso, o município procura alternativas para normalizar os pagamentos.
A Prefeitura deve ao hospital R$ 2,2 milhões em repasses. Em reunião nesta terça, ficou decidido que esse valor será pago em três parcelas até o fim do ano, porém, o subsídio que deve ser pago nos meses restantes de 2015 ainda vão ser negociados.
“A Prefeitura busca reequilibrar os contratos da Santa Casa e trazer mais recursos para ela. E constatamos que isso vem sendo um sucesso. Em breve o hospital vai começar a receber recursos extras, por ter sido certificado próprio para o atendimento de obstetrícia de alto risco”, declarou Miranda.
O vereador Jorge Parada (PT), um dos que subiram a bancada para questionar o secretário, lembrou Miranda que, além da Santa Casa e Beneficência Portuguesa que também está com os repasses atrasados - e ainda negocia com a Prefeitura, é preciso prestar atenção no Hospital Santa Lydia.
“Não deveria chegar a esse ponto, e só agora esse repasse será cumprido, e espero que ocorra”, questionou Parada.
A respeito do acordo firmado durante a tarde, o vereador Bertinho Scandiuzzi (PSDB), que pediu o esclarecimento de Miranda na Câmara, disse que está preocupado, porque só depois de muito tempo o dinheiro devido vai ser pago ao hospital, e cobrou que o acordo tenha sido assinado.
“Quem é mais prejudicado nisso tudo são os usuários encaminhados aos hospitais, e ainda falta um acordo com o Beneficência Portuguesa, que embora a diretoria do hospital tenha participado da reunião, não ocorreu”, apontou Scandiuzzi.
Tumulto
Durante a sessão, uma mulher que assistia ao esclarecimento foi retirada do prédio por gritar xingamentos e palavras de ordem contra Stênio Miranda e alguns vereadores. Além dela, um grupo de estudantes da Escola Estadual Sebastião Fernandes Palma marcaram presença na sessão, pois a escola estaria em uma lista do Governo do Estado para ser fechada em 2016.
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Leonardo Santos
Fotos: Divulgação