Sertãozinho: Servidores rejeitam proposta e greve continua

Sertãozinho: Servidores rejeitam proposta e greve continua

Prefeitura sinalizou com abono e novas negociações em junho

Os servidores de Sertãozinho rejeitaram mais uma proposta da prefeitura e a greve dos servidores do município, que começou no dia 18 de abril, continua. Eles pedem reajustes conforme a inflação registrada no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), do IBGE, nos 12 meses de 2015, equivalente a 11,27%.

Em assembleia realizada na quarta-feira, 4, foi apresentada uma nova proposta da prefeitura de Sertãozinho para acabar com a greve, que sinalizou abono salarial de R$ 175 ao mês, entre abril e dezembro deste ano, abono dos dias paralisados, uma nova rodada de negociações em junho e a redefinição do calendário escolar do município para recuperação das aulas nos dias parados.

Na terça-feira, 3, o Sindicato dos Servidores se reuniu com o prefeito José Alberto Gimenez (PSDB), e com representantes da Câmara de Vereadores, no Fórum do município, para discutir a legalidade da paralisação.

Os servidores alegam que como 50% dos funcionários do município continuam em atividade, é o suficiente para manter serviços essenciais, como saúde, e de emergência, em funcionamento.

“Todos os trabalhadores têm direito de reajuste garantido por lei. Não reajustar os salários dos servidores significa desvalorizá-lo. Reivindicamos que a lei seja cumprida. O cidadão que paga as contas de água, IPTU, transporte coletivo, com certeza já notou que este reajuste já foi aplicado pelo prefeito. Nós, servidores, somos usuários destes mesmos serviços, portanto, pagamos as mesmas contas”, afirma o sindicato.

No último fim de semana, o prefeito José Alberto Gimenez, em carta à população, reconheceu o direito de greve e reajuste dos funcionários do município, porém ele apontou a crise financeira que afeta o País, e Sertãozinho, que também passa por problemas enfrentados pela indústria local.

De acordo o prefeito, os cofres do município já perderam R$ 3 milhões em 2016, na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, e que estudos da prefeitura indicam que, até o final do ano, a arrecadação municipal irá diminuir R$ 10 milhões.


Foto: Arquivo Revide

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