Servidores de Ribeirão Preto pedem reajuste salarial de 10,8%
Proposta dos servidores soma inflação registrada em 2017 com o aumento da arrecadação do município
O Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto aprovou o pedido de reajuste salarial da categoria em 10,8%, em assembleia realizada na sede do sindicato na noite de segunda-feira, 26. Além disso, os servidores pedem o mesmo reajuste para o vale-alimentação e cesta básica nutricional dos aposentados. A proposta será apresentada à Prefeitura na quinta-feira, 1º de março.
De acordo com a entidade, o reajuste é referente à inflação registrada no ano de 2017, de 2,93% pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), mais a reposição de 7,87%, sobre o crescimento da arrecadação do município no período.
“O crescimento orçamentário do município se deu pelo trabalho desenvolvido pelos servidores. Por este motivo, vamos cobrar do Governo Municipal, além da reposição da inflação de 2,93%, um aumento real que corresponde ao crescimento de Ribeirão Preto”, declarou o presidente do Sindicato, Laerte Carlos Augusto.
No ano de 2017, foram pagos aos servidores R$ 1 bilhão. A média mensal da folha do município é de R$ 83,8 milhões. Com a proposta dos servidores, haveria um reajuste de R$ 8,6 milhões mensal. O mês de dissídio dos servidores é em abril, e está previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias do município em 2018.
Secretário diz que vai analisar
O secretário da Fazenda de Ribeirão Preto, Manoel Gonçalves, afirma que será preciso discutir junto ao Prefeito Duarte Nogueira (PSDB) as diretrizes apresentadas pelo Sindicato para o reajuste. Porém, lembra que em 2018 o município apresentará mais dificuldades no orçamento.
“O que nós vamos ter que fazer é ler a pauta para ver em que é baseado esse pedido nos argumentos que ele pode. Se eu for fazer uma análise sem entrar no mérito, eu digo que não pode. A Prefeitura teve um superávit que não cobriu os déficits que vinham acumulados nos últimos quatro anos. Quer dizer que ainda continuamos com déficit. Ainda não existe sobra, ainda não conseguimos cobrir todo déficit orçamentário que carregamos. Vamos sentar e ver quais possibilidades são essas”, comentou o secretário.
Foto: Ibraim Leão/Arquivo Revide
