Servidores vão à Câmara protestar contra proposta de pagamento dos 28%

Servidores vão à Câmara protestar contra proposta de pagamento dos 28%

Vereador diz que presidente do sindicato desrespeitou comissão que analisa situação na Casa

Os servidores de Ribeirão Preto, que são beneficiários da reposição salarial dos 28,35%, em referência às perdas do Plano Collor, foram à sessão da Câmara de terça-feira, 23, pedir para que os vereadores não aprovem a proposta encaminhada pela prefeitura, para que os pagamentos sejam realizados em 44 meses.

Os servidores alegam que não tiveram tempo de analisar a proposta encaminhada pela prefeitura à Casa na última semana. A situação gerou discussões entre os vereadores, que negaram ao presidente do sindicato dos servidores, Laerte Carlos Augusto, a palavra no plenário, para falar contra a lei, já que ele faltou aos convites da Comissão Especial de Estudos, que analisa a situação.

“Eu estou muito preocupado com vocês. Eu quero subsidiar vocês com todas as informações corretas, para encarar uma votação. Em nenhum momento eu fui demagogo. Desde o início eu tenho conversado de maneira mais sincera. O prefeito disse que não vai negociar. Aliás, o Laerte está sendo demagogo, ele foi convocado duas vezes, e não veio prestar explicação, e ele está fazendo demagogia com vocês. E eu não estou brincando. Eu tenho corrido atrás de todas informações. Vocês podem me vaiar, mas vocês estão aqui por causa dele. Onde vocês estavam em 2012 quando foi assinado o acordo? O sindicato ladrão que roubou vocês. Onde ele estava? Agora quer vir aqui fazer política com vocês? Só não foi votado o projeto, porque o colegiado quer seduzir o prefeito com uma proposta melhor para vocês”, afirmou o vereador Renato Zucoloto (PP), presidente da comissão.

Os vereadores, em reunião atrás do plenário, recusaram a abertura do palanque, reclamada por Laerte, segundo o presidente da Câmara Rodrigo Simões (PDT), não por unanimidade entre os vereadores, mas em respeito à CEE.

Alguns parlamentares se manifestaram em favor dos servidores, dizendo que votar o projeto [em referência à proposta da prefeitura] seria uma covardia. Outros disseram que o prefeito Duarte Nogueira (PSDB) tem de conversar com a categoria. “Se está difícil pagar em 18, que não seja em 44. Que venha conversar. Não pode essa postura imperial com o servidor”, afirmou Marcos Papa (Rede).


Foto: Silvia Moraes

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