TCE atualiza lista de gestores que correm risco de ficar inelegíveis
TCE atualiza lista de gestores que correm risco de ficar inelegíveis

TCE atualiza lista de gestores que correm risco de ficar inelegíveis

A relação publicada pelo Tribunal de Contas do Estado ainda precisa ser analisada pela Justiça Eleitoral

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) atualizou nesta sexta-feira, 12, a lista de gestores que tiveram suas contas rejeitadas, com trânsito em julgado, e que podem ser enquadrados na Lei da Ficha Limpa e, logo, impedidos de disputar futuras eleições.

Na relação (veja abaixo) estão 17 nomes de Ribeirão Preto, entre eles o do ex-prefeito e deputado estadual Welson Gasparini (PSDB) e da prefeita Dárcy Vera (PSD). Além de ex-presidentes da Câmara, ex-secretários, ex-superintendentes de autarquias e de empresas de economia mista e até diretores de entidades. em fevereiro deste ano, uma lista com 15 nomes foi divulgada.

No caso da prefeita Dárcy Vera, a Prefeitura informou que desde o repasse dos recursos para a referida escola de samba tomou todas providências cabíveis para que ela regularizasse sua prestação de contas.  “Além das medidas administrativas para a devolução dos recursos ela foi inscrita na Dívida Ativa do município”, afirmou a Administração Municipal em nota.

Já o advogado Welson Gasparini Júnior, que defende o pai e ex-prefeito Welson Gasparini, disse que não há qualquer problema na lista porque a rejeição das contas não foi por improbidade administrativa, mas uma simples discordância no cálculo de aplicação dos recursos na educação. O TCE afirma que foram aplicados 24,7% da Receita Corrente Líquida (RCL), contra a obrigatoriedade de 25%, mas a defesa de Gasparini diz que foram 26%.

Em fevereiro, quando a versão anterior da lista foi publicada, ele afirmou que não recorreria a justiça, por considerar a diferença pequena, e que Welson também não seria candidato nas eleições municipais deste ano, no qual os listados correriam o risco de serem incapacitados de disputarem.

Mesmo com o nome publicado na lista, as pessoas consideradas irregulares pelo TCE ainda mantêm os direitos eletivos, até que o Tribunal Regional Eleitoral tome alguma decisão. Caso isso ocorra, a legislação prevê a condução do candidato/político à inelegibilidade por um período de até 8 anos, conforme as infrações cometidas pelo administrador ou gestor público. O parecer emitido em plenário pelo colegiado servirá como base para que a Justiça Eleitoral emita juízo pela inexigibilidade, com base nos termos da Lei da Ficha Limpa.

Veja os nomes gestores de Ribeirão Preto que aparecem na lista

Adalberto Griffo – ex-superintendente do Instituto de Previdência dos Municipiários (IPM), com pareceres desfavoráveis às contas de 2003 e 2004 (gestão parcial).
Ailton Carlos Gallo - Ex-superintendente do Departamento de Água e Esgotos de Ribeirao Preto, com parecer desfavoráveis à conta de 2004.
Antonio Carlos Muniz - Ex-superintendente da Empresa de Transporte e e trânsito de Ribeirão Preto (Transerp), com pareceres desfavoráveis às contas de 2005, 2006, 2007 e 2008.
Carlos Eurípedes Da Silva - presidente da Escola de Samba Tradição do Ipiranga, por rejeição de contas prestadas por repasses o terceiro setor.
Dárcy Vera – prefeita, em função da rejeição da prestação de contas da Escola de Samba Tradição do Ipiranga.
Donizeti Rosa - ex-presidente da Câmara Municipal, em função do parecer desfavorável às contas anuais de 2003.
Leopoldo Paulino – ex-presidente da Câmara Municipal, em função do parecer desfavorável às contas anuais de 2004.
Isabel Fatima Bordini - Ex-superintendente do Departamento de Água e Esgotos de Ribeirao Preto, com parecer desfavoráveis à conta de 2004.
José Marcos Francisco – por ter recebido valores do município em considerados irregulares em ação de 2013
Marco Antônio dos Santos – ex-secretário da Administração, em função da rejeição da prestação de contas da Escola de Samba Tradição do Ipiranga.
Maria Cristina Gameiro e Silva - ex-superintendente do Instituto de Previdência dos Municipiários (IPM), com pareceres desfavoráveis às contas de 2003 e 2004 (gestão parcial).
Maria Leticia de Oliveira Parada – Responsável pelo Centro Integrado de Apoio Familiar (CIAF), com prestação de contas de repasse ao terceiro setor rejeitadas.
Maria Pascoalina Sodré Silva – por repasses feitos pelo município, enquanto secretária de Assistência Social de Ribeirão Preto.
Paulo Henrique Pastori - ex-superintendente do Instituto de Previdência dos Municipiários (IPM), com pareceres desfavoráveis às contas de 2005, 2006 e 2007.
Silvio Geraldo Martins Filho - ex-presidente da Câmara Municipal, em função de pareceres desfavoráveis às contas anuais de 2001 e 2006.
Welson Gasparini – ex-prefeito, com parecer desfavorável às contas de 2008.
William Latuf – superintendente da Empresa de Transporte e Trânsito de Ribeirão Preto (Transerp), com parecer desfavorável às contas de 2010.


Foto: Divulgação TCE

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