Vereadores de Ribeirão Preto gastaram em média R$ 18 mil em campanha
O gasto total declarado pelos 27 vereadores eleitos é de quase R$ 500 mil; o parlamentar mais votado foi quem gastou mais
Em Ribeirão Preto, o investimento maciço na campanha representou voto e candidato eleito para a Câmara Municipal. Isso ao menos para o vereador eleito mais votado, Igor Oliveira (PMDB), que declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter gasto R$ 111 mil na campanha, com arrecadação de doações de R$ 120 mil.
Nas urnas, o resultado veio e o filho do deputado estadual Léo Oliveira (PMDB) faturou 8.489 votos, mais do que quatro candidatos a prefeito. Mesmo assim, Igor recebeu menos votos do que os dois mais votados nas eleições de 2012. Ricardo Silva (PDT), que vai para o segundo turno na busca pela Prefeitura e recebeu naquela ocasião 9.416 votos, enquanto o pai de Igor foi o segundo mais votado durante aquelas aleições, com 9.041 votos.
Voltando para 2016, o segundo vereador que mais gastou dinheiro na campanha foi Capela Novas (PPS), justamente o vereador eleito com o menor número de votos (1.188). Capela, que atualmente é vereador com o mandato suspenso por ser investigado pela Operação Sevandija, declarou que gastou R$ 59,7 mil, embora tenha arrecadado R$ 68 mil.
Já Marcos Papa (Rede), o segundo vereador eleito mais votado, foi o único candidato que informou que gastou mais na campanha do que recebeu. Foram gastos R$ 23 mil, enquanto as doações que ele recebeu foram de R$ 13 mil, e por isso tem até o dia 14 de outubro para quitar essa dívida de campanha, de acordo com o calendário eleitoral, definido pelo TSE.
Ao todo, três candidatos ainda não informaram os gastos ao TSE, embora tenham apresentado o quanto receberam, que são Lincoln Fernandes (PDT), que arrecadou R$ 164, Nelson das Placas (PDT), que informou recebimento de R$ 205, e Adauto Honorato, o Marmita (PR), que recebeu R$ 4,5 mil em doações de campanha.
Até o momento, todos os 27 vereadores eleitos para o mandato 2017-2020 gastaram R$ 489 mil, média de R$ 18,1 mil por candidato. Enquanto isso, as arrecadações com doações para campanha chegam a R$ 755,1 mil, média de R$ 27,9 mil por candidato. Pela legislação eleitoral, o limite de gastos para campanha de vereador nas eleições deste ano foi de R$ 183,1 mil.
No país, o vereador eleito que mais gastou foi Milton Leite (DEM), eleito para o sexto mandato em São Paulo, com gastos eleitorais de R$ 604 mil, quase o dobro do que Ricardo Silva (PDT) declarou ter gasto no primeiro turno da eleição para Prefeitura de Ribeirão Preto – R$ 372 mil –, e um pouco menor do que Duarte Nogueira (PSDB), que apontou ter gasto – R$ 794 mil.
O vereador paulistano recebeu R$ 2,3 milhões em doações, quase o mesmo do liberado pela justiça eleitoral para os gastos da candidatura para prefeito no primeiro turno da eleição em Ribeirão Preto, que foi de R$ 2,5 milhões.
Quanto cada um gastou*
Igor Oliveira (PMDB) - R$ 111mil
Marcos Papa (Rede) - R$ 23 mil
Bertinho Scandiuzzi (PSDB) – R$ 7,4 mil
Orlando Pessoti (PDT) – R$ 7 mil
Glaucia Berenice (PSDB) – R$ 32 mil
Maurício Gasparini (PSDB) - R$ 31 mil
Lincoln Fernandes (PDT) – não informou
Otoniel Lima (PRB) – R$ 4 mil
Nelson das Placas (PDT) – não informou
Maurício Vila Abranches (PTB) –R$ 12 mil
Luciano Mega (PDT) – R$ 4,5 mil
Waldyr Villela (PSD) – R$ 19,2 mil
Rodrigo Simões (PDT) – R$ 11,4 mil
Isaac Antunes (PR) – R$ 40 mil
Maraca (PMDB) – R$ 31 mil
Paulo Modas (Pros) – R$ 15 mil
André Trindade (DEM) – R$ 15 mil
João Batista (PP) – R$ 5,6 mil
Marmita (PR) – não informou
Marinho Sampaio (PMDB) – R$ 27 mil
Renato Zucoloto (PP) – R$ 7,4 mil
Eliseu Rocha (PP) – R$ 8,3 mil
Jean Corauci (PDT) – R$ 9,8 mil
Jorge Parada (PT) – R$ 11,6 mil
Boni (Rede) – R$ 2,6 mil
Fabiano Guimarães (DEM) – R$ 4,3 mil
Capela Novas (PPS) – R$ 59,7 mil
*informações disponíveis no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
Foto: Arquivo Revide
