Vereadores voltam a discutir estações na Catedral

Vereadores voltam a discutir estações na Catedral

Análise do veto a projeto que proíbe construção de estações será na sessão desta terça-feira; interessados na proibição devem acompanhar a sessão

Os vereadores de Ribeirão Preto votam na sessão desta terça-feira, dia 18, o veto do Executivo ao projeto de lei aprovado pela Câmara que proíbe construção de estações de embarque e desembarque do transporte coletivo no entorno da Catedral Metropolitana. Estão projetadas cinco estações para serem nas ruas Américo Brasiliense, Visconde de Inhaúma e Florêncio de Abreu.

A tendência, segundo o autor do projeto, Rodrigo Simões (PP), é que o veto seja rejeitado e a lei aprovada, mantida. Na tarde desta segunda-feira, 17, ele afirmou ter conversado com vários vereadores para pedir voto contra o veto, mas informou que ainda falaria com outros colegas antes da sessão desta terça-feira.

“Acredito que o veto será derrubado para que se mantenha a proibição das construções”, disse Simões. Quando da votação, o vereador chegou a fazer um acordo com a Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) para receber parecer favorável.

Pelo acordo, revelado pelo próprio vereador na tribuna da Câmara, caso o projeto fosse vetado pela prefeita Dárcy Vera (PSD) ele próprio encaminharia por sua aceitação, já que a CCJ considerava a matéria inconstitucional. Mas, depois, Simões mudou de ideia e defende que o veto seja rejeitado.

Um dos fatores que pode levar à rejeição do veto é a provável presença de manifestantes nas galerias da Casa. Devem acompanhar a votação da matéria representantes do Fórum das Entidades de Ribeirão Preto (Ferp), da catedral e fiéis que frequentam a igreja.

Proibições

Pelo projeto aprovado em junho, A Prefeitura fica proibida de realizar qualquer tipo de construção nas praças da Catedral e da Bandeira, localizadas entre as ruas Américo Brasiliense, Lafaiete, Visconde de Inhaúma e Tibiriçá.

O projeto nasceu depois da instalação de uma Comissão Especial de Estudos (CEE) da Câmara, presidida pelo autor do projeto e relatada pelo presidente da CCJ, Cícero Gomes da Silva (PMDB), porque o padre titular da catedral, Francisco Moussa, alegou que o templo está com problemas de estrutura, com rachaduras, em função do trânsito de veículos pesados nas proximidades.

Outra alegação para a existência do projeto é que com a construção das estações haverá o aumento de linhas de ônibus urbanos que passam pelo local. A prefeita Dárcy Vera, em entrevista a uma emissora de rádio, garante que isso não ocorrerá, mas que será apenas uma adaptação dos pontos de ônibus já existentes, para melhorar o conforto dos passageiros.

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Fotos: Silvia Morais / Divulgação

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