Você sabe o quanto gasta um deputado estadual de Ribeirão Preto?
Os principais custos dos gabinetes são para combustíveis, gastos com comunicação e alugueis de escritórios

Você sabe o quanto gasta um deputado estadual de Ribeirão Preto?

Parlamentares da cidade utilizaram verba de mais de R$ 1,6 milhão desde o início do mandato, em 2015

Desde a última semana, os cidadãos podem consultar, por meio de um aplicativo para celular, os gastos de gabinete dos deputados estaduais. O aplicativo Fiscaliza Cidadão foi lançado pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) e permite que seja consultado o dinheiro que cada parlamentar utiliza em transporte, material de escritório, telefone, além de saber quem são os funcionários que trabalham para o político.

Entre as informações que podem ser consultadas está a quantidade de gastos dos deputados de Ribeirão Preto, por exemplo, que desde o início desta legislatura utilizaram R$ 1,6 milhão. Os três deputados que representam a região - Léo Oliveira (PMDB), Rafael Silva (PDT) e Welson Gasparini (PSDB) - apoiaram a decisão da Alesp em tornar mais transparentes os custos da Câmara.

Dos três, o que menos utilizou os recursos públicos foi Léo Oliveira, que despendeu R$ 418,2 mil desde que assumiu uma cadeira na assembleia, em março de 2015 – um período três meses menor, comparado com os outros dois deputados, que já vinham de mandato anterior e têm gastos disponíveis desde o início de 2015. Segundo ele, a medida permite que o cidadão possa ver que o político respeita o dinheiro público, utilizando com eficácia, “gastando o mínimo, mas fazendo o máximo possível”. Os maiores custos do peemedebista são relativos a comunicação - em média de R$ 7,9 mil ao mês.

Já o que mais gastou, o deputado Welson Gasparini, que utilizou cerca de R$ 756,9 mil, comentou que os gastos dos deputados têm de ser expostos, pois, afinal, são realizados com dinheiro da população. No entanto, ele considera que ainda é preciso criar mais dispositivos para que a população se inteire sobre onde o dinheiro tem sido utilizado. “Toda conduta de um deputado tem que ser disponibilizada, afinal ele utiliza de dinheiro público. A população precisa ficar atenta e fiscalizar os governantes”, comentou.

O tucano tem custeios mais puxados referentes a o valor disponibilizado com combustíveis e lubrificantes para veículos, que variou entre R$ 5,5 mil e R$ 7,8 mil nos últimos meses.

O deputado Rafael Silva também se mostrou favorável à medida, porém salientou que os gastos de gabinete disponibilizados ainda são muito irrisórios na comparação com a corrupção que corre à espreita da política brasileira, mas salientou que a abertura desses dados faz com que as pessoas se preocupem mais. “Serve para chamar a atenção da população. Mas o problema é o que se faz sem ser documentado”, frisou Rafael, que no período apresentou gastos de R$ 483,6 mil.

O pedetista também difere dos outros colegas de Alesp quando o assunto são os gastos. O principal custeio do deputado é referente a alugueis de imóveis, conta que variou nos últimos meses entre R$ 5,3 mil e R$ 6,1 mil.

Entre os custos detalhados pelo aplicativo estão os custos com combustíveis, alugueis de escritórios, contas de água, luz, internet e telefone, assinatura de jornais, hospedagem, alimentação, além da quantidade e nome de funcionários em cada gabinete.


Foto: Divulgação/Associação de Pesquisadores Científicos

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