Por economia, escolas estaduais ficam sem impressoras

Por economia, escolas estaduais ficam sem impressoras

Com a medida, Estado espera economizar R$ 30 milhões; Algumas unidades apelaram para o mimeógrafo

Desde o dia 7 de março, os professores da rede estadual de educação estão enfrentando um ‘empecilho’ na hora de imprimir exercícios e avaliações para os alunos. Isso porque o contrato do Governo do Estado de São Paulo com a empresa que fornecia os equipamentos foi encerrado.

Os acordos de terceirizados dos equipamentos de impressão e insumos – como papel - foram encerrados pelo Governo Estadual para diminuir os gastos excessivos, e devem economizar aproximadamente R$ 30 milhões.

O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), contrário à medida, informa que o encerramento dos contratos “demonstram a falta de investimento e seriedade do Governo do Estado com a educação pública”.

Alguns professores tiveram de recorrer para o velho mimeógrafo para passar atividades para os alunos, ou mesmo ditar as questões para serem resolvidas pelos estudantes. “Você precisa imprimir material, prova, documentos. Eu nunca imprimi uma prova no Estado. Dito as perguntas para você ter uma ideia”, afirma o professor Fábio Sardinha, que é diretor do Apeoesp.

Sardinha afirma que teve de tirar dinheiro do próprio bolso para investir em equipamentos, como retroprojetores, para deixar as aulas mais dinâmicas. “Pois a escassez de material prejudica todo trabalho. As escolas normalmente tem um só”, completa.

A Secretaria Estadual de Educação afirma que cada diretoria regional de ensino está incumbida de fazer um novo contrato para substituir as impressoras. Além disso, a secretaria garante que as escolas não ficaram sem o equipamento, já que contam com material patrimonial, que já pertencem às escolas e que enquanto os acordos não forem fechados, as unidades de ensino têm a disposição “recursos para suprir esta demanda”.

Mas o professor da rede estadual, Victor Hugo Barbi, questiona até quando esse problema será suprido, já que ele conta que os docentes estão passando por problemas.

“As escolas ficaram sem [impressora] e sem papel. Todas as escolas estão sem. Os contratos deviam ser diferentes. Da impressora é um e do papel é outro. O segundo se refere a uma rede de itens básicos, como café, giz, papel, papel higiênico”, completa Victor Hugo.


Foto: Julio Sian/ Arquivo Revide

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