Professores querem nova proposta de reajuste

Professores querem nova proposta de reajuste

Eles pedem reajuste salarial comparado à inflação acumulada desde 2014

Por nova proposta de reajuste salarial, 50 professores da rede estadual de ensino realizaram um ato em frente à Diretoria Regional de Ensino, na Avenida Nove de Julho, em Ribeirão Preto, na tarde desta quinta-feira, 31.

A manifestação faz parte da paralização de professores que ocorre em nove escolas de Ribeirão Preto e duas em Serrana, desde a última quarta-feira, 30, devido ao reajuste de 2,5% proposto pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, nesta semana, em compensação à suspensão dos bônus por desempenho dos alunos, que é considerado baixo pelos docentes.

As escolas que estão sem aulas são: Alberto Santos Dumont, Jardim Paiva II, Jardim Progresso, João Palma Guião, Paulo Gomes Romeo, Eugênia Vilhena de Moraes, Glete de Alcântara, Jenny de Toledo Piza, Hélio Lourenço de Oliveira e José Lima Pedreira de Freitas, em Ribeirão Preto, e José Costa e Jardim das Rosas, em Serrana.

O diretor do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) em Ribeirão Preto, Mauro Inácio, afirma que a para compensar a defasagem nos vencimentos dos docentes é preciso que haja reajuste de 37%, embora eles peçam 16,4%, que é o acumulado desde junho de 2014, quando houve o último aumento.

“Ou dá aumento, ou dá o aumento. Dois e meio por cento é uma vergonha para aqueles que estão todos os dias trabalhando para educar aqueles que serão o futuro do País. Com 2,5% não há conversa”, afirma Mauro.

Além disso, os professores planejam outra paralisação, desta vez em São Paulo, no próximo dia 8 de abril, em manifestação com outros docentes da rede estadual. “Porque haverá de ter aumento. Nem que tenhamos de lutar por isso”, declarou o diretor.

Em nota, a Secretaria da Educação afirma que a proposta para incorporação da bonificação aos salários partiu do próprio sindicato, que solicitou que o benefício fosse transformado em reajuste salarial e abrangesse todos os servidores, inclusive aposentados, e que, portanto, “neste momento é prematura qualquer manifestação já que a definição será tomada pela rede”.

Já a Apeoesp aponta que é contrária à bonificação, uma vez que os recursos que o Estado utilizava para pagá-las eram do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), do Ministério da Educação, e que portanto deveria ser repassada a todos profissionais.
 

Foto: Leonardo Santos

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