Hospital São Lucas de Ribeirão Preto realiza primeiras cirurgias robóticas em instituição privada da região

Hospital São Lucas de Ribeirão Preto realiza primeiras cirurgias robóticas em instituição privada da região

Os procedimentos foram executados por profissionais especializados e muito bem treinados

Hospital São Lucas de Ribeirão Preto realiza primeiras cirurgias robóticas em instituição privada da região

As primeiras cirurgias robóticas do Hospital São Lucas foram realizadas na especialidade de Urologia em dois homens com idades de 65 e 44 anos, ambos com câncer de próstata localizado, e envolveram uma equipe de 13 pessoas entre médicos, enfermagem e de apoio. Nestes tipos de procedimentos, a cirurgia robótica maximiza as taxas de cura, reduz o sangramento em até 80% e minimiza consideravelmente as sequelas como incontinência urinária e impotência sexual. Além de proporcionar a recuperação das funções vitais 40% mais rápido.

O Hospital São Lucas de Ribeirão Preto adquiriu em março deste ano o robô cirúrgico Da Vinci, para utilização em procedimentos de diversas especialidades médicas. O Da Vinci possui quatro braços, sendo que um deles carrega a câmera, enquanto os outros três ficam livres para portar instrumentos cirúrgicos, como pinças, tesouras e bisturi.

A cirurgia robótica é uma evolução da cirurgia minimamente invasiva laparoscópica. Ou seja, o cirurgião estabelece os acessos laparoscópicos e introduz a câmera e os instrumentos de trabalho no interior do corpo do paciente por meio de pequenas incisões. Com isso, o médico tem uma excelente visão para realizar a cirurgia, além de contar com movimentos precisos dos braços do robô.

O médico realiza a cirurgia a partir de uma mesa de controle (console). A movimentação dos instrumentos se faz pelo manuseio de dedais delicados. À medida que move as mãos e os dedos, o robô reproduz seus movimentos dentro do corpo do paciente. O ato cirúrgico é guiado por imagens fornecidas pela câmera introduzida no corpo do paciente.

 A câmera tem capacidade de ampliar em até dez vezes uma imagem que é em 3D, o que mantém a nitidez e a percepção de profundidade sem a abertura do abdômen ou do tórax. Se o médico tirar o rosto da tela de controle, o robô para automaticamente. Além de um cirurgião no controle, outro fica ao lado do paciente para apoio do ato cirúrgico. O robô Da Vinci é ideal para cirurgias que envolvam grande detalhamento anatômico ou procedimentos cirúrgicos realizados em pequenos espaços e cavidades.

Existem diversas vantagens da cirurgia robótica em relação à cirurgia convencional: Menos invasiva/Cortes menores; Reduz sangramentos, dores e risco de infecção; Recuperação mais rápida do paciente; Menor tempo de internação. E também benefícios em relação à cirurgia laparoscópica: Mais precisão nas cirurgias em locais de difícil acesso, como nas regiões de pelve, próstata, diafragma e saída do esôfago.

Melhor ergonomia — O cirurgião fica sentado em posição confortável, o que ajuda nas cirurgias longas.

Mais intuitivo — O robô reproduz movimentos similares aos do cirurgião. Na laparoscopia convencional, o mecanismo de movimentação dos instrumentos cirúrgicos é inverso. O cirurgião movimenta os dedos para a esquerda e a pinça se move para a direita.

Visão tridimensional (3D) para os cirurgiões.

Segurança

O robô não faz nada sozinho. Qualquer movimento realizado por ele foi feito pelo cirurgião no console. No entanto, diante de ações imprevistas pelo cirurgião, a tecnologia robótica aciona um comando de segurança que trava provisoriamente a máquina, evitando danos ao paciente. Se o médico tirar o rosto da tela de controle, o robô também para automaticamente. Por serem mais complexas, as cirurgias robóticas seguem também um protocolo de checagem de todos os itens de segurança a cada uma hora de cirurgia, aproximadamente.

Os treinamentos de cirurgia robótica duram, em média, trinta horas. Durante esse período são passados aos cirurgiões desde ensinamentos mais básicos, como os relacionados ao funcionamento do robô, até os mais avançados, que envolvem técnicas de segurança, caso ocorra algum imprevisto com o paciente. A certificação final para cirurgia Robótica ainda não ocorre no Brasil. Todos os médicos treinados para usarem o Da Vinci são certificados na Colômbia e nos Estados Unidos e devem estar aptos também para realizarem cirurgias convencionais abertas ou laparoscópicas.

“O Hospital São Lucas, o Hospital Ribeirânia, o Hospital Especializado, a Med Medicina Diagnóstica e o Centro Médico do Hospital São Lucas integram o Grupo São Lucas. Em parceria com a HospitalCare desde 2017, o Grupo São Lucas está vivendo um novo momento neste processo tão importante que é a assistência à saúde. A implantação da cirurgia robótica beneficia a população de Ribeirão Preto e região uma vez que estes pacientes necessitavam fazer estes procedimentos apenas em São Paulo e agora estarão disponíveis em nossa cidade”, finaliza o Dr. Pedro Palocci.


Foto: Pedro Henrique Misawa

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