Nova diretoria do Sicoob UniCentro Br anuncia planos de expansão no país
Com 32 anos de história, cooperativa financeira Sicoob UniCentro Br planeja crescer em tamanho e alcance, levando junto seus mais de 130 mil cooperados
No vasto oceano do sistema financeiro brasileiro, onde instituições tradicionais impõem regras e regulamentos rígidos, emerge uma corrente alternativa, mais acolhedora e colaborativa: o cooperativismo de crédito. Gabriel Pascon, novo diretor de Negócios do Sicoob UniCentro Br, revela que essa abordagem não apenas desafia os modelos convencionais, mas também prospera com velocidade impressionante.
Em 32 anos de história, a cooperativa tem se destacado pelo tamanho e pela forma como se posiciona frente a seus 130 mil cooperados, dos quais 88% são pessoas jurídicas e do agronegócio. A instituição conta com 110 agências distribuídas por Goiás, Tocantins, Distrito Federal, Minas Gerais e São Paulo. “Entre as cooperativas que compõem o sistema Sicoob, nós estamos entre as cinco maiores. O Sicoob UniCentro Br hoje, individualmente, já é maior que muitos bancos pequenos ou médios do país”, afirma Pascon (foto ao lado).
“Nosso objetivo é crescer junto com nossos cooperados, entendendo e atendendo às necessidades regionais”, destaca o diretor. Um exemplo é a história de um cooperado que, iniciando suas atividades em Goiás, expandiu seus negócios para outros estados. “Nós acompanhamos esse crescimento, e nossa cooperativa, com sua musculatura financeira, está pronta para atender a essas demandas onde quer que nossos cooperados estejam”, acrescenta.
A humanização do atendimento se destaca como um dos pilares da organização. “Ao contrário dos bancos tradicionais, que tratam você apenas como um cliente, no cooperativismo financeiro, você é dono. Fazemos questão desse atendimento humanizado. Operamos como consultores de nossos cooperados, entendendo seus negócios e viabilizando o que de fato fará diferença para eles”, explica.
Essa abordagem personalizada e o compromisso com o crescimento dos cooperados refletem-se nos números impressionantes da cooperativa. Com um superávit de caixa de R$ 5 bilhões e ativos que devem atingir R$ 8 bilhões até o final de 2024, Pascon garante ter espaço para atender desde o microempreendedor até grandes empresas. “Se você tiver um investimento de 200 milhões, seremos seu parceiro. Se precisar de R$ 1.000 reais, 10 mil, 500 mil, também estamos aptos a atender”, afirma.
PATRIMÔNIO E SOLIDEZ
A força financeira do Sicoob UniCentro Br é substancialmente respaldada por um patrimônio robusto, atualmente avaliado em R$ 1 bilhão. “Esse patrimônio é composto por três rubricas essenciais: o capital social, o fundo de reserva e as Sobras”, explica Pascon. O capital social representa as contribuições feitas pelos cooperados, uma demonstração tangível de seu compromisso e confiança na cooperativa. As reservas, são valores retidos dos resultados financeiros e acumulados pela cooperativa, destinados a diversas finalidades, como a manutenção da solvência e a realização de projetos e investimentos, promovendo o desenvolvimento de suas atividades. Já as sobras apuradas, são os resultados da cooperativa, que refletem sua capacidade de operar de maneira eficiente e sustentável, sempre visando o retorno aos cooperados.
Esse acúmulo de capital e sobras têm o papel de fortalecer a estrutura financeira da cooperativa e é crucial para a alavancagem diante do Banco Central do Brasil. “O patrimônio de referência, como chamamos, permite que a cooperativa amplie sua capacidade de empréstimo e sua segurança financeira. Quanto maior o patrimônio, maior a nossa capacidade de emprestar e garrantir a segurança dos nossos cooperados”, esclarece Pascon.
Essa solidez patrimonial é fundamental para que a instituição financeira possa oferecer linhas de crédito e investimentos de longo prazo, essenciais para o desenvolvimento sustentável dos negócios de seus cooperados. “Significa que temos a força necessária para suportar grandes projetos e investimentos. Podemos assumir riscos calculados e fornecer o suporte financeiro que nossos cooperados necessitam, seja para um pequeno empreendedor ou para grandes empresas do agronegócio”, complementa Pascon.
PLANO SAFRA
O agronegócio, setor vital para a economia brasileira e principalmente na região de Ribeirão Preto, também é um foco importante para o Sicoob UniCentro Br. O setor, que é destaque na economia local, sustenta grande parte do PIB nacional (representa em torno de 24% do PIB geral) e é responsável por um expressivo volume de exportações, emprego e desenvolvimento regional. Atento a essa importância, o diretor tem direcionado esforços significativos para apoiar o crescimento e a sustentabilidade do agronegócio.
O recente anúncio do Plano Safra deve movimentar mais de R$ 600 milhões em crédito, representando um crescimento de 25% em relação ao período anterior. “O Plano Safra 2024-2025 é uma oportunidade crucial para fortalecermos ainda mais nossa presença no setor agro”, afirma Pascon. “Nossa meta é sair de R$ 1,3 bilhão para R$ 2 bilhões em operações de crédito dentro desse plano, o que evidencia nosso compromisso com o desenvolvimento do agronegócio.”
Este crescimento é sustentado por diversas iniciativas estratégicas. Pascon aposta em uma gama de produtos financeiros adaptados às necessidades específicas dos produtores rurais, incluindo linhas de crédito para custeio, comercialização, industrialização e investimento em infraestrutura. “Estamos comprometidos em fornecer o suporte financeiro necessário para que os produtores possam investir em tecnologias avançadas, expandir suas operações e melhorar a produtividade”, explica.
Além disso, a cooperativa de crédito tem investido em consultoria especializada para os cooperados do agronegócio, ajudando-os a gerir melhor suas finanças, planejar investimentos e adotar práticas agrícolas mais sustentáveis. “Nosso objetivo é não apenas fornecer crédito, mas também agregar valor ao negócio dos nossos cooperados, garantindo que eles estejam bem-posicionados para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades do mercado”, acrescenta Pascon.
“Com um superávit de caixa de R$ 5 bilhões de e ativos que devem atingir R$ 8 bilhões até o final de 2024, estamos preparados para apoiar o crescimento robusto e sustentável do setor agro. Nosso objetivo é criar um impacto positivo não apenas econômico, mas também social e ambiental. Este é um compromisso que assumimos com nossos cooperados e com o futuro do Brasil”, conclui Pascon.
Práticas ambientalmente responsáveis, como incentivos para projetos de energia renovável, financiamento para práticas agrícolas sustentáveis e programas de educação financeira focados em sustentabilidade, passaram a fazer parte do treinamento de novos e experientes colaboradores da instituição.
EXPANSÃO E DIVERSIFICAÇÃO
A jornada do Sicoob UniCentro Br começou há mais de três décadas em Goiás, quando um grupo de 32 médicos visionários decidiu criar uma cooperativa que oferecesse serviços financeiros mais humanizados e colaborativos. Desde então, a instituição fez muito mais do que sobreviver, prosperou e se expandiu de maneira impressionante. Iniciando suas operações no estado de Goiás, os fundadores rapidamente perceberam a importância de crescer para além de suas fronteiras originais.
O Distrito Federal foi um dos primeiros territórios a acolher a expansão da então nova cooperativa de crédito, seguido por Tocantins e Minas Gerais. Cada nova região trouxe consigo desafios únicos e a oportunidade de mostrar a eficácia do modelo cooperativista em diferentes contextos econômicos e sociais. A expansão mais recente foi para o Estado de São Paulo, um mercado altamente competitivo e diversificado, que exigiu uma abordagem estratégica e cuidadosa.
Hoje, o Sicoob UniCentro Br possui mais de 60 agências distribuídas estrategicamente em pontos-chave de São Paulo. Cidades como Ribeirão Preto, Campinas, Sorocaba, São José do Rio Preto, Bauru, Piracicaba, São José dos Campos e a capital, São Paulo, são agora pontos de apoio vitais para a cooperativa. Elas foram pensadas para proporcionar serviços financeiros de alta qualidade e reforçar, fisicamente, o compromisso da cooperativa com a capilaridade e a presença local. “A nossa presença em São Paulo é um testemunho de nossa dedicação em atender nossos cooperados onde quer que estejam”, afirma Pascon.
A relevância do Estado de São Paulo é evidente nos números. “São Paulo representa hoje mais de 6 mil CNPJs, que correspondem a mais de 51% de todos os CNPJs a nível nacional”, destaca Pascon. Esse dado sublinha a importância econômica do Estado e destaca a eficácia da cooperativa em se estabelecer como um player no mercado paulista.
A região de Ribeirão Preto, em particular, é um exemplo de impacto econômico. Conhecida por sua economia diversificada, a cidade é um hub, espaço de negócios, para diversos setores, desde o agronegócio até a indústria e serviços. “Nossa atuação em Ribeirão Preto mostra como podemos contribuir para a geração de riqueza e inclusão financeira em diferentes segmentos”, ressalta Pascon.
Além de São Paulo, a cooperativa continua a fortalecer suas operações no Centro-Oeste e Sudeste, mantendo um crescimento sustentável e consistente. “Nosso objetivo é continuar crescendo de forma orgânica e via incorporações, sempre com o foco em atender nossos cooperados da melhor maneira possível”, afirma o diretor.
Essa expansão vai muito além da geográfica, é de serviços e produtos oferecidos. A cooperativa tem investido em tecnologia e inovação para oferecer soluções financeiras modernas e eficientes, que facilitam o dia-a-dia, como aplicativos móveis seguros, plataformas de internet banking avançadas e ferramentas de análise financeira personalizadas. Equilibrar esse avanço com o atendimento humanizado é um dos desafios da instituição.
COOPERATIVISMO NO BRASIL
O cooperativismo de crédito nasceu em 1844, na cidade de Rochdale, noroeste da Inglaterra, quando um grupo de 28 trabalhadores com dificuldades financeiras se uniram para montar seu próprio armazém. A ideia se espalhou pelo mundo e atualmente tem uma representatividade crescente no Brasil. “Há dez anos, tínhamos uma participação ínfima, menos de 1% do sistema financeiro nacional. Hoje, atingimos 10% dessa participação, com o Sicoob liderando o movimento”, celebra Pascon.
Com um crescimento de 25% em termos de volume de operações, o sistema Sicoob atingiu mais de R$ 300 bilhões em ativos totais. “No interior de São Paulo, o crescimento foi ainda maior, atingindo 32%. Nosso share é crescente, e continuamos a expandir em todas as regiões, diversificando nossos negócios e atendendo cada vez mais cooperados”, conclui.
O market share de valor é a métrica que aponta a participação de uma empresa no mercado em termos de receita. Ele é o resultado de uma equação simples: divide-se a receita da empresa pela receita total movimentada pelo mercado. Por exemplo, se uma empresa gera R$ 10 milhões em receita em um mercado de R$ 100 milhões, seu market share de valor é de 10%.
Nesse cenário de competição e potencial de crescimento, a estratégia da associação iniciada em Goiás é ser cada vez mais uma entidade pulsante, que cresce e se fortalece diariamente, acompanhando seus cooperados e contribuindo para o desenvolvimento econômico do Brasil.
EDUCAÇÃO E INCLUSÃO FINANCEIRA
Um dos pilares do cooperativismo é a educação financeira, e o investimento em programas que capacitam seus cooperados a gerir melhor seus recursos é outro caminho apontado por Pascon. Cursos, workshops e consultorias personalizadas que cobrem desde gestão financeira básica até estratégias de investimento avançadas fazem parte do plano do Sicoob UniCentro Br para seu associado. “Queremos que nossos cooperados não só cresçam financeiramente, mas que o façam de maneira consciente e informada”, afirma.
Esses programas de educação financeira são particularmente importantes para microempreendedores e pequenos produtores rurais, que muitas vezes têm acesso limitado a recursos e informações. Ao capacitá-los, a chance da instituição crescer conforme o desenvolvimento econômico do cooperado é maior. “Inclusão social e a redução da desigualdade passam pela inclusão financeira. Este é um passo crucial para um desenvolvimento mais equitativo e sustentável”, explica o diretor.
*Os diretores Rodrigo Naves Pinto, José Umberto Vaz de Siqueira, Diogo Mafia Vieira, Gabriel Jorge Pascon e Charles Campanha